Sílvia Domingos pela 1ª vez presente na qualificação do Euro Sub-17

A árbitra algarvia Sílvia Domingos foi nomeada pela primeira vez para para dirigir jogos do Apuramento do Campeonato da Europa de Sub-17, na condição de árbitra principal .

Nomeações Árbitros LPFP

Confira as nomeações dos árbitros da Liga ZonSagres e Orangina

Nomeações Árbitros FPF

Confira as nomeações dos árbitros dos campeonatos nacionais de seniores e camadas jovens

Pedro Proença: «Está limpa a imagem do Apito Dourado»

Pedro Proença comentou, esta terça-feira, a sua passagem pelo Campeonato da Europa.

Análise de época da FPF: Eugénio Arêz desce à terceira categoria nacional

Eugénio Arêz ficou a saber, que foi despromovido à terceira categoria, terminando no 31º lugar da classificação dos árbitros.

domingo, 31 de julho de 2011

Isto é que é perder a cabeça: Rildo pontapeou árbitro (Vídeo)


Não é a primeira vez que um jogador perde a cabeça em campo, mas Rildo ultrapassou todos os limites. Descontente com uma decisão do árbitro, atirou uma bola ao árbitro, viu amarelo, protestou, viu um vermelho e ainda tentou atingir o juiz com um pontapé.

Aconteceu num jogo da Série B do Brasileirão, no triunfo do Boa Esporte sobre o Vitória (1-0), em pleno Barradão. Thiago Carvalho já tinha marcado o golo dos visitantes quando, aos 65 minutos, Rildo cai no relvado pressionado por um adversário e agarra a bola. O árbitro Cláudio Francisco Lima e Silva, com uma estatura que impõe respeito, marca falta a favor do Boa Esporte e tudo se precipita.

O avançado do Vitória atira a bola contra o árbitro que, benevolente, lhe mostra um amarelo. O jogador continua a protestar e acaba por ver um vermelho directo. É nesta altura que Rildo perde definitivamente a cabeça e tenta atingir o juiz com um pontapé e acaba arrastado pelos companheiros para fora do relvado.

Na véspera do jogo, o próprio Rildo tinha pedido tranquilidade aos companheiros, mas foi o primeiro a perdê-la e não escapou às criticas do treinador Ricardo Silva. «Ele está totalmente errado. Ele pediu desculpas, mas já perdemos o jogo. Um jogador não pode prejudicar o grupo dessa maneira. O árbitro é autoridade máxima dentro de campo e ele precisa ter tranquilidade», referiu.

Melhor do que qualquer descrição, o melhor é ver as imagens:

In:Mais Futebol

sábado, 30 de julho de 2011

Crónica: Orgulho de primeira

O Algarve volta a ter um árbitro na primeira categoria nacional (Nuno Almeida), após quatro anos de vazio, e importa, neste momento de particular regozijo para o sector, viajar um pouco no tempo, recordando outros “homens do apito” que fizeram a história da arbitragem da nossa região.

O farense Rosa Nunes foi o pioneiro e obteve reconhecimento não apenas a nível nacional como também além-fronteiras: foi o primeiro árbitro algarvio da categoria máxima e também o primeiro internacional da região, dirigindo vários jogos das grandes estrelas dos anos 60, como o alemão Beckenbauer, em tempos em que uma viagem até Lisboa, para dirigir uma partida, demorava quase um dia inteiro, uma vez que as vias de comunicação estavam longe do que são hoje, e uma deslocação ao estrangeiro arrastava-se por vários dias, devido ao reduzido número de ligações aéreas.

César Correia, de S.Brás de Alportel, seguiu-lhe as pisadas e também não se contentou com a ascensão à primeira categoria, chegando a internacional, naquela que é unanimemente reconhecida como a mais brilhante carreira de um árbitro algarvio, com uma presença num Campeonato do Mundo de Juniores a constituir, porventura, o ponto mais alto desse notável percurso, que incluiu várias outras nomeações relevantes. Encerrada a carreira, desempenhou ainda, e até há bem pouco tempo, diversas funções nos mais variados domínios ligados à arbitragem. Em tempos conturbados, os anos 70, o olhanense Manuel Poeira marcou uma época com o seu estilo desassombrado, não se coibindo de manifestar a sua opinião e de tomar atitudes contra o situações que entendia violarem a sua consciência ou serem prejudiciais ao futebol. Por isso mesmo faltou a um jogo entre o Benfica e o Sporting, provocando acesa polémica, da qual acabaria por resultar o seu afastamento da arbitragem, numa altura em que era unanimemente reconhecido como um dos melhores juizes de campo do país.

Já nos anos 80, Francisco Silva, de Alvor, teve uma ascensão notável num curto espaço de tempo e chegou à primeira categoria e, depois, a internacional, acabando, no entanto, por ver-se envolvido num caso que ficou conhecido como “Penafielgate”, o qual levou a um processo que conduziu ao fim precoce da sua carreira.Sensivelmente no mesmo espaço temporal, José Filipe, de Portimão, marcou uma época não apenas pelo brilho que a sua carreira conheceu, chegando à primeira categoria nacional, mas pela importância que teve – e ainda tem – na formação de novos árbitros, contribuído para o aparecimento de muitos jovens talentos.

Surgiriam depois, na primeira categoria, os vilarrealenses José Rufino e Andrelino Pena, dois representantes do extremo leste do Algarve com bons percursos na arbitragem, a que lhes sucedeu o conterrâneo Nuno Almeida, agora de regresso a um patamar em que já marcara dantes presença. Espera-se e deseja-se que  este retorno seja assinalado com o maior sucesso possível.

Armando Alves

"Sensação de recompesa pelo trabalho realizado", Ricardo Martins

QUADRO DISTRITAL ELITE: 2.º classificado
RICARDO Alexandre Cantinho MARTINS
26 anos
Natural de Lagos
Época de inicio de actividade: 2002/2003.

Qual a sensação provocada por este sucesso?
Sem dúvida alguma que o primeira sensação que gera é a de alegria e felicidade, pois foi para a obtenção deste sucesso que trabalhei ao longo destes anos na arbitragem, o que nos traz uma sensação de recompensa. Porém, é também lógico que gera alguma responsabilidade extra, pois sei que estou a partir deste momento represento a arbitragem da nossa região a nível nacional.

A subida era um objectivo traçado e esperado?
Obviamente que sim. Quando tirei o curso de arbitragem nunca me passou sequer pela ideia, vir a ser árbitro de futebol. Fi-lo porque amo o futebol e porque em casa tinha alguém com quem gostava de discutir esse desporto e que tinha o curso de arbitragem. Assim, fui tirar o curso e sem me aperceber tinha ganho a paixão pela arbitragem. Depois os objectivos vão surgindo e queremos sempre ir mais além. A partir do ano anterior, em que tinha também ficado em segundo lugar, esse objectivo ficou mais cimentado do que nunca. O facto de ter falhado no exame escrito desse ano levou-me a ganhar mais força e atingir esse objectivo a que me propus no inicio da época.

Quais as principais dificuldades vividas não apenas ao longo da época mas neste percurso de escalada até às categorias nacionais?
Essencialmente, as maiores dificuldades foram as de afirmação. Muitos olhavam para mim como árbitro promissor e só passados três ou quatro anos como árbitro no maior escalão da arbitragem algarvia é que  consegui chegar aos dois primeiros lugares. Felizmente, tive a sorte de fazer parte de uma geração de muito bons e promissores (Sérgio Piscarreta, Nuno Alvo, Nuno Guerreiro, João Valentim…) e com tanta qualidade é sempre mais difícil impormo- nos…

A arbitragem é vista hoje como uma careira profissional ou, pelo menos, semi-profissional. Isso constitui um factor de atracção para quem está nos escalões mais baixos e para os jovens ou é algo que lhes é indiferente?
Melhor que ninguém, serão os jovens árbitros que responderão a esta questão. Porém, pessoalmente, acho que o melhor conselho que posso dar-lhes é o de criarem objectivos, defini-los e tentar alcançá-los, mas sem nunca deixarem de desfrutar do facto de poderem fazer parte deste espectáculo que é o futebol e cimentarem amizades com todos os seus intervenientes.

Quais os principais sonhos e metas, agora que foi dado este importante passo?
Penso sempre passo a passo. Assim sendo, a minha próxima meta é a de conseguir manter-me nos quadros nacionais. Depois, se esse objectivo for alcançado, logicamente que os patamares de exigência sobem e tentarei chegar o mais longe possível. O sonho de qualquer árbitro é o de chegar à Primeira Liga e  logicamente que não fujo à regra. No entanto, passo a passo é o caminho a seguir, uma vez que todos  ambicionam atingir esse objectivo e a actual qualidade da arbitragem portuguesa é, na minha opinião, bastante boa.

Qual o olhar sobre o panorama da arbitragem algarvia? Temos valores para acreditar num futuro risonho?

Pessoalmente penso que sim. Existe uma nova geração de jovens bons árbitros que têm boas qualidades e capacidades para chegarem longe no panorama da arbitragem nacional. Mas, é necessário que se continue a dar as condições necessárias para que os mesmos possam potenciar as suas capacidades ao máximo, por parte de toda a estrutura do futebol algarvio.

E a nível nacional, como estamos?

Temos uma boa representação internacional. Fundamentando esta minha opinião está o facto de termos o máximo permitido de árbitros assistentes a nível internacional (dez), e a nível de árbitros principais estamos bem perto desse valor (nove árbitros internacionais, num máximo permitido por país de dez), o que nos dá um ranking a nível mundial bastante bom (entre os cinco primeiros lugares a nível mundial). A nível nacional é também de referir que o panorama algarvio está novamente a subir de cotação.

Quais os seus árbitros de referência?
Pedro Proença, que é já uma certeza a nível da FIFA, sendo considerado por muitos o melhor árbitro  português da actualidade, e Artur Soares Dias, no qual vejo qualidades para se tornar num dos melhores árbitros portugueses de sempre.

In:Revista AFAlgarve

“Depositava expectativas na concretização desta meta”, Nuno Guerreiro

QUADRO DISTRITAL FUTSAL:1.º classificado
NUNO Miguel Sotero Pinto GUERREIRO
28 anos
Natural de Faro
Época de início de actividade: 2001/2002

Qual a sensação provocada por este sucesso?
Como é natural, estou satisfeito por ter atingido um objectivo e encaro-o como um resultado de um esforço de equipa.

A subida era um objectivo traçado e esperado?

A subida sempre foi mais um dos factores que me motivou a dar mais pela arbitragem. Era sem dúvida um objectivo traçado já havia algum tempo, e, portanto, tinha a expectativas na sua concretização.

Quais as principais dificuldades vividas não apenas ao longo da época mas neste percurso de escalada até às categorias nacionais?

As dificuldades são semelhantes às que decorrem do nosso quotidiano: tempo disponível para a família ou o trabalho, por exemplo. No entanto, o mais importante para superar essas dificuldade é estabelecermos objectivos e continuar a lutar até estes serem atingidos.

A arbitragem é vista hoje como uma careira profissional ou, pelo menos, semi- profissional. Isso constitui um factor de atracção para quem está nos escalões mais baixos e para os jovens ou é algo que lhes é indiferente?

Compreendo que se possa encarar a arbitragem como uma carreira profissional ou por os mais variados motivos outros não o vejam dessa forma. No caso do futsal, trata-se de uma modalidade que não tem o mesmo peso social e financeiro do futebol de 11 e não é possível comparar uma com outra. Não vejo que profissionalmente existe essa possibilidade neste momento. No entanto talvez isso possa vislumbrar-se num futuro próximo, sobretudo se analisarmos a força com esta modalidade se tem vindo a destacar no panorama desportivo.

Quais os principais sonhos e metas, agora que foi dado este importante passo?

Meta é simples: trabalhar e no final avaliar os resultados.

Qual o olhar sobre o panorama da arbitragem algarvia? Temos valores para acreditar num futuro risonho?

Sem dúvida. Contamos com vários árbitros no Algarve com valor e que poderão ascender ao patamar da terceira categoria de futsal e futebol. No entanto é preciso continuar a investir na prospecção de novos valores para a arbitragem.


E a nível nacional, como estamos?

Este ano esta é uma pergunta muito fácil de responder se avaliarmos os quadros do nacional nos quais se encontram integrados os árbitros e observadores algarvios. Há merecidos destaques individuais que gostaria de referir: o Nuno Almeida subiu ao quadro da Liga, nos observadores o Andrelino Pena ficou em 1.º lugar no escalão máximo, juntamente com o Humberto Viegas. No futsal temos quatro excelentes árbitros na  primeira categoria, Rui Pinto, Hélder Carmo, Marco Correia e Ruben Guerreiro e um observador, Antonio Pincho.

Quais os seus árbitros de referência?

Curiosamente ou não... são todos os meus colegas de equipa, não só os actuais mas também de equipas  anteriores. Agradeço a todos o papel que desempenharam nos meus resultados. Uma palavra final à minha família, que por si só é uma referencia, o meu irmão Ruben Guerreiro (árbitroda primeira categoria de futsal), e ao meu pai Nelson Guerreiro (ex-árbitro dos quadros nacionais de futebol).

In:Revista AFAlgarve

“Podes ser o Cristiano Ronaldo mas sem aplicação não vais longe...”, Carlos Cabral

Quadro distrital de elite: 1.º classificado
CARLOS Eduardo Fortes CABRAL
30 anos
Natural de Santarém
Época de inicio de actividade: 2002/2003

Qual a sensação provocada por este sucesso?
Foi sem dúvida um momento único na minha vida, pois este pequeno triunfo veio reflectir que sem trabalho não se vai a lado nenhum. A época correu muito bem em todos os sentidos, não é fácil ficar em primeiro lugar com tantos talentos que o grupo elite tem. Foi uma dupla satisfação, pois o meu amigo e colega Ricardo Martins também subiu, nas mesmas provas.

A subida era um objectivo traçado e esperado?
A subida de divisão é um objectivo para os árbitros jovens do grupo elite, pois todos anseiam dar o salto. Para mim era um objectivo prioritário devido à idade, pois só tinha as épocas de 2010/11 e 2011/12. Nesta época empenhei-me onde falhava mais (testes escritos) e os resultados foram brilhantes.

Quais as principais dificuldades vividas não apenas ao longo da época, mas neste percurso de escalada até às categorias nacionais?
As dificuldades que enfrentamos são essencialmente no inicio, depois de se tirar o curso. Os árbitros são completamente abandonados e sem qualquer indicações sobre como fazer isto, ou aquilo, o desconhecimento leva muitos árbitros jovens a desistir e que até gostam de apitar! Tive a sorte de apanhar a geração anterior de árbitros dos nacionais, que muito me ajudaram. Em relação ao meu percurso até as categorias nacionais, as dificuldades onde tinha eram mesmo nos testes escritos, podes ser o Cristiano Ronaldo da arbitragem mas se não te aplicares nos estudos e não tirares boas notas, não vais muito longe...

A arbitragem é vista hoje como uma carreira profissional ou, pelo menos, semi- -profissional. Isso constitui um factor de atracção para quem está nos escalões mais baixos e para os jovens ou é algo que lhes é  indiferente?
Hoje em dia cada árbitro que inicia a sua actividade, quer chegar o mais longe possível, ao topo da pirâmide, a ambição ganha contornos, cada vez que sobes de divisão. Por isso torna-se um factor deatracção ou  estimulo para os jovens árbitros!

Quais os principais sonhos e metas, agora que foi dado este importante passo?
Agora que consegui subir mais um degrau, talvez o mais difícil, agora é continuar a trabalhar ainda mais para que o sonho continue a ser cor de rosa, mas para que isso aconteça é preciso muita sorte e trabalho e a sorte procura-se com empenho, dedicação e muito sacrifício, pois sem estas componentes pode não ser suficientes para atingir os nossos objectivos!

Qual o olhar sobre o panorama da arbitragem algarvia? Temos valores para acreditar num futuro risonho?
Sim, sem dúvidas, agora com a subida do nosso querido e amigo Nuno Almeida na Liga, tenho a certeza que os jovens algarvios vão querer mostrar-se com boas performances dentro dos terrenos de jogo. Há potencial mas é preciso sangue novo, para que a próxima geração de árbitros seja ainda melhor!

E a nível nacional, como estamos?
Somos afectados por condicionalismos geográficos mas, mesmo assim, temos conseguido resultados  positivos, com saliência para a última época.

Quais os seus árbitros de referência?
Para mim os meus árbitros de referência são todos, estamos sempre a aprender... É claro que á um que sobressai entre os demais, o meu grande amigo Eugénio Arez. Tenho oito anos de arbitragem e cinco passei com ele a apitar! Este ano não vai ser nada fácil ter que me separar dele!

In:Revista AFAlgarve

“Combati o preconceito e tenho tanta ou mais capacidade que os homens”, Sílvia Domingos

Quadro feminino: 1.ª classificada
SÍLVIA Andreia Rosa DOMINGOS
28 anos
Natural de Faro
Época de início de actividade: 1999/2000

Qual a sensação provocada por este sucesso?
A sensação é muito boa é uma alegria enorme de ter conseguido o meu objectivo.


O primeiro lugar era uma meta traçada e esperada?
Sim Era já há muito tempo um objectivo até porque nestes últimos anos tenho ficado sempre entre as cincos primeiras por isso sempre pensei que um dia o primeiro lugar haveria de ser meu. Curiosamente, tive essa esperança de forma mais convicta noutras temporadas, pois esta foi muito atribulada: parti um pulso no início da época e estive inactiva três meses e depois contrai outra lesão mas com a minha força de vontade e com o apoio dos meus assistentes (Luís Reis e José Rodrigues) não baixei os braços e dei o melhor em cada jogo como dou sempre quando entro num campo para arbitrar. Mas não estava nada à espera...

Quais as principais dificuldades vividas não apenas ao longo da época mas neste percurso de dedicação à arbitragem?
As dificuldades de por vezes não conseguir conciliar os treinos com o horário de trabalho, a dificuldade de não ter tempo para a família e para os amigos... Mas neste momento posso dizer todas estas dificuldades já deixaram de existir, pois treino todos os dias e a família e amigos sabem que eu sem a arbitragem não sou feliz e, por isso, apoiam-me incondicionalmente.

A arbitragem tem sido ao longo dos tempo um reduto quase exclusivamente masculino. Como se combate o preconceito?
Inicialmente posso dizer que foi muito complicado verem com bons olhos uma mulher dentro de um campo de futebol arbitrar um jogo de homens. Ouvi muitas expressões do género “vai lavar louça para casa, vai coser meias”, entre outras. Por vezes chegava ao balneário e dizia para mim mesma: este foi o último jogo que apitei, não estou para continuar a ser insultada. Mas acabei por combater o preconceito e, ao não  desistir, mostrei que sou tão capaz ou melhor que alguns árbitros homens e que ser mulher não me coloca  numa posição de inferioridade. Hoje sinto que me respeitam mais e que me aceitam melhor e que já não faz tanta confusão ver uma mulher a dirigir um jogo e essa é, no Algarve, uma das vitórias que consegui, no Algarve, foi essa.

Quais os principais sonhos e metas, agora que foi dado este importante passo? A internacionalização é a etapa seguinte?
Todos nós árbitros temos sempre o sonho de chegar ao topo e o meu maior sonho é ser árbitra internacional e apitar a final de um Mundial de futebol feminino. A meta neste momento passa por concluir as provas físicas e escritas de início de época e defender o meu primeiro lugar ao longo da campanha que se avizinha. Sim, será a internacionalização a próxima meta mas tento não pensar muito nisso e continuar a trabalhar como tenho trabalhado ate aqui, com humildade e com a ajuda dos meus assistentes. Se chegar a  internacionalização melhor; senão, continuarei em frente com a mesma atitude e vontade que tenho tido até agora, mas é evidente que este primeiro lugar faz-me sentir mais próximo desse sonho...

Qual o olhar sobre o panorama da arbitragem algarvia? Temos valores para acreditar num futuro risonho?
A arbitragem algarvia têm muito bons árbitros á que acreditar neles e dar-lhes condições para trabalhar.

E a nível nacional, como estamos?
A arbitragem algarvia está muito bem representada a nível nacional. Há uma grande dedicação à causa e os resultados da última época traduzem isso.

Qual o seu árbitro de referência?
Jorge Sousa.

In:Revista AFAlgarve

“Incontrolável alegria por ter concretizado objectivo traçado”, Nuno Almeida

2.ª categoria nacional futebol: 1.º classificado
NUNO Miguel Serrano Tavares ALMEIDA
35 anos
Natural de Tavira
Época de início de actividade: 1994/95


Qual a sensação provocada por este sucesso?
Enorme alegria, satisfação imensa e sensação de objectivo cumprido. Não tenho palavras para descrever  esta enorme e quase incontrolável alegria, não tenho forma de agradecer o apoio incondicional da minha mulher assim como a ajuda e apoio, dentro e fora de campo, daqueles que eu considero os melhores  assistentes desta época, o Bruno Brás e o Felipe Pereira. O João Ferreira também teve a sua quota parte nesta subida, pois para ela contribuiu na segunda parte do campeonato...A eles o meu muito obrigado.

A subida era um objectivo traçado e esperado?
Era um objectivo traçado desde sempre e este ano muito esperado porque as avaliações que ia recebendo eram excelentes, o que nos permitiu acreditar que a subida poderia ser uma realidade. Treinei muito, estudei e com os meus assistentes, o resto veio por acréscimo.

Quais as principais dificuldades vividas não apenas ao longo da época mas neste percurso ligado à  arbitragem?
Posso dizer com alegria que não fui um árbitro, até aqui, com grandes dificuldades pelo caminho, a não ser aqueles que estão inerentes ás dificuldades de um quadro competentíssimo de árbitros e que por essa razão nos trás sempre dificuldades para conseguir subir. Quanto ao resto, quem corre por gosto não se cansa, diz o povo...

A arbitragem é vista hoje como uma careira profissional ou, pelo menos, semi- profissional. Isso constitui um factor de atracção para quem está nos escalões mais baixos e para os jovens ou é algo que lhes é indiferente? E no aspecto pessoal, como olha para a questão?
Em geral, penso que a adesão ao profissionalismo depende das profissões de cada um e, nesse sentido, pode ser atractivo ou não. No plano pessoal, vejo com bons olhos, pelo facto der ter uma profissão liberal que me permite essa disponibilidade.

Que comentário lhe merece a circunstância de os árbitros virem a ser avaliados com recurso a imagens televisivas?
Está ser implementada a titulo experimental e na minha opinião, tudo o que vier por bem, em prol da verdade desportiva, é sempre bem vindo. Vamos ver se resulta.

Quais os principais sonhos e metas, agora que foi dado este importante passo, com o regresso à primeira categoria?
A principal meta é sem dúvida trabalhar mais para conseguir a manutenção.

Qual o olhar sobre o panorama da arbitragem algarvia? Temos valores para acreditar num futuro risonho?
Importa haver serenidade e trabalho. Temos bons árbitros e jovens nos quadros distritais e federativos, com muito valor e vontade. Precisam de trabalhar, ter sorte e muito apoio a nível associativo.

E a nível nacional, como estamos?
Julgo que muito melhor e muito mais competentes em comparação a outros tempos. Penso que estão dados os meios suficientes para se desenvolver uma boa e competente arbitragem.

Quais os seus árbitros de referência?
Não tenho árbitros de referência, apenas gosto mais de um estilo do que outro. Contudo, nunca tentei seguir um protótipo, porque cada um tem o seu modo e estilo a arbitrar. Temos bons árbitros na nossa Liga e que em nada devem aos colegas internacionais...

In:Revista AFAlgarve

“Pavilhões sem condições dificultam o nosso trabalho”, António Pincho

Observador FUTSAL: 1.º classificado
ANTÓNIO José PINCHO Correia
60 anos
Natural de Lagoa
Início da actividade na arbitragem: 1984


Esperava terminar a época no topo da classificação?
Empenho-me para que isso aconteça, embora nem sempre as classificações correspondam às nossas expectativas.

Quais foram, na sua opinião, os factores determinantes do sucesso alcançado?
Vários factores tiveram influência significativa no sucesso alcançado, a começar pelo trabalho desenvolvido em equipa. Refiro-me aos colegas e aos árbitros em geral, Conselho de Arbitragem, clubes com os quais desenvolvemos acções no âmbito da aprendizagem, sendo esse intercâmbio benéfico para todos. De enaltecer também o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Apoio Técnico da FPF, não descurando, obviamente, a leitura relacionada com a modalidade.

Quais as principais dificuldades que se deparam a um observador de futsal?
As principais dificuldades passam pelas deficientes condições que alguns pavilhões oferecem para o trabalho do observador, sendo notório a falta de um espaço em que este desempenhe cabalmente as suas funções e sem ser importunado pelo público. Deveria ser criado um espaço para o observador. Em muitos recintos, e particularmente em jogos com significativas afluências de público, a nossa tarefa é complicada.

O Algarve tem vindo, nos últimos anos, a marcar uma presença cada vez mais significativa nos quadros nacionais de árbitros de futsal. A que se deve isso?
Há um enorme empenho do Conselho de Arbitragem, Grupo de Apoio Técnico e também dos clubes, que, de uma forma geral, contribuem com a sua participação para que os nossos árbitros atinjam um patamar cada vez mais exigente. Isso tem vindo a traduzir-se num crescimento gradual e sustentando e numa feliz realidade no presente e na expectativa de um futuro ainda melhor.

Temos gente com valor na categoria principal. Há a perspectiva de, num espaço de tempo não muito distante, podermos contar com o primeiro internacional da nossa região?
Sim, é um facto. As dificuldades são enormes, se tivermos em conta que estamos a ombrear com associações como, Lisboa, Porto, Coimbra, Leiria e outras de reconhecido poderio, que têm obviamente melhores condições do que nós, mas a luta por esse sonho continua e sinto, por aquilo que conheço dos árbitros algarvios, que não vamos baixar os braços.

Quais as condições que entende como necessárias para que possam aparecer mais jovens a dedicar-se à arbitragem, no futsal?
Entendo que a modalidade merece mais atenção das entidades competentes. Dedicar mais tempo aos jovens, acompanhá-los, incentivá-los, dando- lhes algo em troca e acções de formação, criando-se um gabinete para o efeito... É necessária uma ajuda mais próxima e mais eficaz. Se isso for concretizado, seguramente teremos resultados bem melhores no futuro.

In:Revista AFAlgarve

“Sucesso é fruto de trabalho esquematizado e contínuo”, Andrelino Pena

Observador Liga: 1.º classificado
ANDRELINO Cabrita PENA
57 anos
Natural de Castro Marim
Início da actividade: 1977/78

Esperava terminar a época no topo da classificação?
O primeiro lugar deu-me muita alegria, é prestigiante, valoriza qualquer currículo pessoal, mas não constituiu de todo uma surpresa. Ao atingir nas duas últimas épocas excelentes classificações, segundo e terceiro lugares, respectivamente, ao saber que tinha feito uma boa época e que era dos observadores menos penalizados, ao conseguir ser o observador a quem a Comissão de Arbitragem confiou a missão de observar mais jogos (24), sentia que o topo da classificação podia surgir a qualquer momento.

Quais foram, na sua opinião, os factores determinantes do sucesso alcançado?
Conhecendo o sector da arbitragem, fruto de 35 anos ligados a esta nobre causa, há três anos, quando fui promovido ao quadro da primeira categoria nacional, interiorizei que não podia ser só mais um no quadro.
Sentia necessidade de agir de forma diferente, com mais perspicácia, audácia e inovação, para poder ter algum sucesso. Partindo desses princípios, esforcei-me por desenvolver técnicas de observação, dar qualidade à mensagem nos conteúdos dos relatórios, ser pedagógico e fazer entender essa mensagem, conseguir criar padrões de observação e acima de tudo, conseguir decifrar os objectivos pretendidos pela Comissão de Arbitragem, ir ao seu encontro, valorizando assim o desempenho de cada um e contribuindo para a credibilização do sector. Fui consolidando estas orientações, sentia que estava no caminho certo e que a minha postura ia de encontro ao pretendido, pelo que o sucesso alcançado este ano assenta em todo um trabalho pensado, esquematizado e contínuo.

Quais as principais dificuldades que se deparam a um observador de futebol?
São inúmeras e destaco as mais importantes: somos colocados num camarote, muitas vezes a longas  distâncias do relvado, quando o ideal seria estarmos perto deste, a um nível relativamente superior
ao mesmo. Noutro prisma, de hoje em dia, os lances são extremamente rápidos, os atletas são cada vez mais tecnicistas, pelo que a análise de determinados lances reveste-se de enorme dificuldade, ficando muitas vezes o observador, sem saber o que fazer sobre determinadas decisões, não podendo esquecer que está a avaliar
e que a sua interpretação vai seguramente afectar negativamente ou positivamente terceiros.

Concorda com o anunciado recurso a imagens televisivas para classificar os árbitros?
Concordo plenamente com o anunciado recurso a imagens televisivas para classificar os árbitros desde que elas integrem sempre um projecto dentro dos moldes que veio a público. Nunca concordarei sobre uma classificação efectuada exclusivamente pelos meios audiovisuais. Nos últimos anos os observadores do
Algarve nos escalões profissionais têm alcançado classificações prestigiantes.

Como se justifica esse sucesso?
Ao contrário do que acontece com outras associações, os observadores do Algarve que integram o quadro da primeira categoria nacional são pessoas com mais de 30 anos de ligação ao ao sector, com muita
experiência e muita competência. Assim sendo, quando as pessoas estão habilitadas e dotadas de capacidades para o exercício da função, as boas classificações surgem com naturalidade.

O Algarve esteve vários anos sem representantes na categoria máxima da nossa arbitragem mas na próxima época volta a contar com um árbitro no quadro de topo. Isso é importante para a região?
A presença de um ou mais árbitros no escalão máximo da arbitragem nacional, trás sempre prestígio, é sempre uma mais valia para a região que representa e o Algarve não foge à regra.

In:Revista AFAlgarve

"Época brilhante da nossa arbitragem com várias conquistas relevantes" António Matos

A arbitragem algarvia acaba de viver uma das suas melhores campanhas de sempre, com quatro primeiros lugares absolutos a traduzirem um destaque que há muito a região não alcançava. De entre todos os feitos, porventura o mais significativo e mediático resulte na circunstância de voltarmos a ter, após quatro anos de ausência, um juiz de campo (Nuno Almeida) no escalão principal do futebol português.

“Não há memória, pelo menos nos anos mais recentes, de uma temporada assim, marcada por grande  brilhantismo”, reconhece o presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Algarve, António Coelho Matos. As épocas anteriores “traduziram-se em sucessivas desilusões e, embora sabendo da capacidade e da valia dos nossos árbitros e observadores, estávamos um pouco apreensivos, atendendo
coragem e perseverança, superando várias barreiras num curto espaço de tempo. Esperemos que atinja em breve um outro patamar, a internacionalização, que será a consequência lógica dos progressos registados e dos brilhantes resultados obtidos nas últimas épocas.”

O presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Algarve realça, ainda, “os notáveis desempenhos dos nossos observadores. Trata-se de um registo único na história da arbitragem da região o duplo primeiro lugar obtido tanto no escalão mais alto do futebol como no de futsal, através de Andrelino
Pena e de António Pincho. Estas classificações traduzem competência, seriedade e dedicação e mostram que
temos no Algarve gente que, depois de concluir a carreira, continua a dar o seu melhor à causa que abraçou.”
a esses antecedentes recentes. Acabámos por ter notícias bem melhores que as esperadas, sendo  reconhecido o trabalho aqui desenvolvido e que já justificava, desde há longo tempo, outro tipo de atenção.”

Para António Coelho Matos “é muito importante o Algarve voltar a estar representado na primeira categoria da arbitragem, no futebol. Trata-se, de alguma forma, de um farol, de um sinal significativo de visibilidade, e também de um estímulo para os mais novos que anseiam lá chegar e passam a acreditar, com maior facilidade, que é possível alcançar esse patamar, o mais desejado.”

O primeiro lugar obtido por Sílvia Domingos no quadro feminino “é outro feito digno de nota. Trata-se de  uma conquista inédita na região, obtido por uma jovem que tem mostrado grandecoragem e perseverança, superando várias barreiras num curto espaço de tempo. Esperemos que atinja em breve um outro patamar, a internacionalização, que será a consequência lógica dos progressos registados e dos brilhantes resultados obtidos nas últimas épocas.”

O presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Algarve realça, ainda, “os notáveis desempenhos dos nossos observadores. Trata-se de um registo único na história da arbitragem da região o duplo primeiro lugar obtido tanto no escalão mais alto do futebol como no de futsal, através de Andrelino
Pena e de António Pincho. Estas classificações traduzem competência, seriedade e dedicação e mostram que
temos no Algarve gente que, depois de concluir a carreira, continua a dar o seu melhor à causa que abraçou.”

Outro registo que António Matos considera “de grande significado” reside na promoção de dois árbitros de futebol à terceira categoria nacional. “Em várias campanhas recentes não conseguimos fazer subir o nosso primeiro classificado, por dificuldades várias, e agora tivemos a felicidade de festejar uma dupla promoção, por Carlos Cabral e Ricardo Martins estiveram muito bem quer nos exames escritos quer nas provas físicas
e se o sucesso do primeiro já seria uma conquista importante, ao colocarmos também o nosso segundo classificado a dirigir jogos das provas nacionais vivemos um momento de grande satisfação.”

No futebol, “os ganhos são evidentes, pois voltamos a ter um árbitro na primeira categoria e dispomos de mais dois juizes de campo nas competições nacionais. Regista-se apenas uma descida, do nosso único árbitro assistente nos quadros nacionais, o que é sempre de lamentar, mas não ensombra um balanço particular feliz, um dos melhores de sempre da história da nossa arbitragem, se juntarmos o brilhante registo da Sílvia Domingos e dos nossos observadores, embora aqui se registe uma descida dos quadros profissionais para os quadros da FPF.”

No futsal, “não se registam alterações e uma descida aos quadros regionais foi compensada com uma subida. Temos quatro árbitros na primeira categoria, dois entre os dez primeiros, e somos uma das principais associações nesta modalidade, no sector da arbitragem, incluindo um observador entre os melhores do país.”
Os brilhantes resultados alcançados na última época “servem de estímulo e de sinal de esperança para a arbitragem algarvia e esperamos que possam ser confirmados nos anos mais próximos.

Conseguimos conquistas relevantes e importa manter o entusiasmo e a dedicação que permitiram estes sucessos, para que outros possam surgir”, assinala António Coelho Matos.

In:Revista AFAlgarve

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Divulgação: V ESTÁGIO DO NAFLSINTRA


A pedido do nosso colega LUÍS BRÁS do NÚCLEO DE ÁRBITROS DE FUTEBOL DA LINHA DE SINTRA apresentamos de seguida o programa para o V ESTÁGIO DO NAFLSINTRA. 

Pedro Proença apita apresentação do Sporting

O árbitro lisboeta Pedro Proença vai apitar o jogo de apresentação dos leões, anuncia o clube de Alvalade no seu site oficial.

Proença será auxiliado por André Campos e Ricardo Santos, o quarto árbitro será Luís Estrela.

O jogo entre a equipa de Domingos Paciência e os espanhóis do Valência disputa-se no sábado às 20h30 no Estádio José de Alvalade.

In:Jogo

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Blatter expressa o seu luto pela morte de ex-árbitro



Foi com grande consternação e tristeza que o presidente da FIFA, Joseph S. Blatter, recebeu a notícia da morte de Gerhard Kapl. O ex-vice-presidente da Federação Austríaca de Futebol (ÖFB) faleceu na noite de terça-feira aos 64 anos em Graz. Em janeiro, Kapl foi reeleito para um quarto mandato como presidente da Federação de Futebol da Estíria.


"Em nome da FIFA e da família do futebol em todo o planeta, expressamos as nossas condolências à Federação Austríaca de Futebol, à Federação da Estíria e, principalmente, aos familiares de Gerhard Kapl", escreveu Blatter em carta ao presidente da ÖFB, Leo Windtner.

"Gerhard Kapl prestou ao futebol diversos serviços excepcionais e sempre se ocupou com o nosso esporte" Joseph S. Blatter.

Kapl havia conquistado um nome no cenário do futebol mundial não apenas como dirigente, mas também como árbitro e especialista em arbitragem. Entre 1969 e 1992, ele apitou 40 partidas entre seleções e cerca de 200 partidas no seu próprio país. Além disso, o austríaco vinha atuando em várias outras funções, como Oficial de Segurança da FIFA e membro do Grupo de Segurança do Trabalho e Estádios da FIFA.

"Gerhard Kapl prestou ao futebol diversos serviços excepcionais e sempre se ocupou com o nosso esporte", prosseguiu Blatter. "O compromisso de Gerhard Kapl e a sua criatividade sempre foram muito valorizados em toda a parte e ele gozava de uma grande reputação. O nosso amigo Gerhard ficará na nossa memória como uma pessoa muito engajada e um apaixonado por futebol."

In:fifa

Comédia: Árbitro assistente foi... ao chão (Vídeo)

Foi durante o jogo entre o Manchester United e as MLS All-Stars que aconteceu este caricato incidente. Um dos árbitros assistentes tentou desviar-se da bola, atrapalhou-se com ela e, por fim, caiu. Tudo com boa disposição pelo meio.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Fifa confirma votação para uso de tecnologia e arbitragem profissional

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou nesta quarta-feira, durante a colectiva de imprensa sobre o sorteio preliminar dos grupos da Eliminatórias do Mundial de 2014, duas novidades que poderão já ser aplicadas  no Mundial de 2014: a profissionalização da arbitragem em todo o mundo e a utilização de câmaras nas linhas de golo, abrindo o precedente para a entrada da tecnologia na Copa do Mundo.

- Queremos reorganizar o departamento de arbitragem contratando o ex-árbitro Massimo Bussacca, da Suíça, para comandar a profissionalização dos árbitros e assistentes. Se for necessário, e será necessário, esse sector será modernizado e receberá investimentos para que haja uma melhora considerável no nível dos árbitros em todos os continentes, setorizando os cursos.

Sobre a tecnologia de câmaras monitorando as linhas de golo, Blatter afirmou que a utilização da tecnologia será posta em votação na reunião de Março de 2012 da International Board. Se for aprovada, a tecnologia será aplicada já no Mundial do Brasil.

- O segundo passo será dado em Março de 2012, na reunião da International Board. Se a tecnologia de câmara na linha do golo for aprovada, ela será introduzida no Mundial de 2014. Dois árbitros assistentes também serão votados no encontro da International Board, em Julho, e se forem aprovados, também serão adoptados  no Mundial 2014.

Comunicado FPF: Jogos e Torneios Particulares


O Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol divulgou durante o dia de hoje o seguinte comunicado:


In:FPF

Nomeações de árbitros para a primeira jornada da Taça da Liga

João Capela é o unico internacional nas primeiras nomeações da época
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPF) divulgou hoje as primeiras nomeações de árbitros para a época 2011/12, com as escolhas para os jogos da primeira jornada da primeira fase da Taça da Liga, que se disputam no domingo.

Confira as nomeações: 

Sporting Covilhã - Santa Clara, João Capela (Lisboa)
Atlético - Freamunde, André Gralha (Santarém)
Oliveirense - Desportivo Aves, Manuel Mota (Braga)
União - Estoril, Jorge Ferreira (Braga)
Trofense - Leixões, Marco Ferreira (Madeira)
Penafiel - Belenenses, Vasco Santos (Porto)
Naval - Arouca, Cosme Machado (Braga)
Portimonense - Moreirense, Hugo Miguel (Lisboa)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Entrevista exclusiva a Nuno Almeida

O ARBITRAGEMALGARVIA volta com mais uma grande entrevista, desta vez trata-se do árbitro algarvio, que nesta época está de volta á Liga. Nuno Almeida, 36 anos, advogado de profissão descreve-nos como conseguiu regressar á 1ªCategoria e quais os seus objectivos ainda como árbitro. Nuno Almeida fala ainda do momento da Arbitragem no Algarve e agradece aos seus árbitros assistentes pelo seu sucesso na época 2010-2011.

Leia a entrevista em baixo:

ArbitragemAlgarvia: O que te levou a ser árbitro?
Nuno Almeida:Foi por iniciativa e insistência por parte do meu Pai que nessa altura era Árbitro e que tinha o desejo que eu também fosse...daí eu ter tirado o curso e iniciado esta caminhada desportiva.


AA: Como te sentes depois do teu regresso á 1ª Categoria Nacional?
NA:É um sentimento de satisfação enorme, de dever cumprido e de muita gratidão aos meus Assistentes que acima de tudo são os meus amigos e companheiros nesta caminhada de regresso á Liga. Nesta entrevista deveria estar o Bruno ( B.B:), o Felipe ( Fuédéde) e o João...a eles, OBRIGADO.
Bruno Brás; Filipe Pereira; João Ferreira

AA: O que esperas ainda da arbitragem para o teu futuro?
NA:Espero que com muito trabalho consiga, pra já, a manutenção e depois conseguir sedimentar a permanência entre a elite da Arbitragem. Estes serão sempre os objectivos mais directos.


AA: É difícil ser árbitro em Portugal?
NA:“ Tem dias, fases e momentos “, contudo, como o positivo sobrepõe-se ao negativo, é acima de tudo um orgulho e uma paixão e desta forma conseguimos sempre ultrapassar as dificuldades inerentes. Penso que existem outras actividades mais difíceis.
Aljustrelense - Pontassolense (2ª divisão época 2009-2010)


AA: És a favor da profissionalização?
NA:Sou e tenho-a como inevitável, contudo teríamos que ter tempo para dela falar. É o futuro próximo.


AA: És defensor de equipas de arbitragem fixas ou entende que deve haver alguma rotação?
NA:Fui, sou e serei a favor das equipas fixas de forma a trabalhar-mos melhor os quadros de competências de cada um e ser-mos de facto uma equipa. Acredito que também será o futuro a curto prazo. Aliás, na Liga já trabalhamos nesse sentido com um grupo reduzido de 4 Assistentes....mas terão que ser 2.


AA: Estudas os jogadores e as equipas antes dos jogos?
NA:Vou fazê-lo e responsabilizar também a minha equipa nesse sentido. Nós este ano na Federação já o fazíamos com um excelente trabalho de casa, feito pelo Bruno Brás, no sentido de saber e conhecer melhor as equipas e jogadores e que nos permitia, á priori, conhecer factores importantes de preparação dos jogos.


AA: És a favor da aplicação dos meios tecnológicos no futebol? Se sim, de quais?
NA:Sou a favor de tudo o que, não retirando a essência do futebol, contribua para a verdade desportiva, como exemplo disso temos o sistema áudio e não veria com maus olhos colocar um chip na bola para determinar Bola dentro - Bola fora.


AA: Se fosse possível escolheres o melhor e o pior jogo da tua carreira, quais seriam?
NA:O melhor talvez o primeiro pelo simbolismo...o pior ainda está para vir.

AA: É fácil conciliar-se a vida de árbitro com a vida familiar?
NA:Tendo algumas dificuldades, elas são ultrapassáveis pelo habito. Concilio bem.


AA: Como vês a evolução da arbitragem Algarvia e o que alteravas para a melhorar se for esse o caso?
NA:Denoto uma evolução muito positiva, esperando que a mesma seja para continuar, contudo ainda existem muitas falhas a todos os níveis e as mesmas devem ser repensadas pelos seus responsáveis de forma a poder-mos evoluir mais e melhor. Os Árbitros hoje são seres pensantes e como tal tem que ser parte da solução e não do problema.


AA: Que mensagem gostarias de deixar a todos os que passam pelo blogue?
Em jogo da 1ªLiga
NA:“ Meus caros, para quem é Árbitro, desejo que trabalhe e que treine para serem melhores Árbitros e que nunca duvidem que exercem uma actividade que não sendo fácil é muito NOBRE.
Para quem não é Árbitro, peço respeito para quem nesta difícil função, trabalha, estuda, treina e tem família e que dia a dia esforça-se em demasia para contribuir para um futebol melhor.


Abraços desportivos,
Nuno Almeida



O ARBITRAGEMALGARVIA desde já agradece a disponibilidade do Nuno e deseja-lhe uma excelente época e que se mantenha na 1ª Categoria por várias épocas.

Nacional e Vitória ficaram a conhecer árbitros para jogos da Liga Europa


Os dois clube portugueses que iram disputar a 3ª pré-eliminatória da Liga Europa ficaram hoje a conhecer os árbitros dos jogos que vão disputar.

Primeira Mão, 28 de Julho, 20:45
CD Nacional - BK Häcken
Árbitro: Sandor Szabo (HUN)
Estádio: Estádio da Madeira, Funchal (POR)

Segunda Mão, 4 de Agosto, 19:00
BK Häcken - CD Nacional
Árbitro: Cyril Zimmermann (SUI)
Estádio: Ullevi, Gotemburgo (SWE)

Primeira Mão, 28 de Julho, 21:00
FC Midtjylland - Vitória SC
Árbitro: Menashe Masiah (ISR)
Estádio: Herning Stadion, Herning (DEN)

Segunda Mão, 4 de Agosto, 21:15
Vitória SC - FC Midtjylland
Árbitro: Richard Liesveld (NED)
Estádio: Estádio D. Afonso Henriques, Guimarães (POR)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Entrevista ao novo chefe do Departamento de Arbitragem da FIFA

Massimo Busacca foi nomeado para ser o novo chefe do Departamento de Arbitragem da FIFA.

O árbitro suíço prometeu preparar profissionalmente seus colegas assim como os jogadores se preparam para os campeonatos.

"O lance de Busacca", "A partida do número 1", "Busacca surpreende com a mudança", "Busacca muda de lado", "Busacca revoluciona carreira": essas são algumas das manchetes publicadas logo depois da decisão do melhor árbitro suíço de aceitar o convite da organização desportiva.

Em entrevista à swissinfo.ch, o suíço de 42 anos levanta a perspectiva de incluir mais dois árbitros adicionais aos jogos durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

No entanto, a solução do quinta e sexto árbitro precisa ainda ser testada na Eurocopa de 2012 na Polónia e na Ucrânia. Busacca só consegue imaginar a utilização de câmaras nas linhas do golo.

swissinfo.ch: Abandonar o posto de árbitro activo surpreendeu e causou irritação. O recém-saído chefe de árbitros Urs Meier chegou a declarar-se chocado. Você se surpreendeu com essas reacções?
 Massimo Busacca: Não muito, mas é uma honra para mim escutar que o Busacca era importante ou que o Busacca tinha qualidade. Se não fosse isso, a surpresa seria seguramente menor.

As pessoas perguntam-se a razão por abandonar a minha carreira três anos antes de concluí-la. Eu decidi aceitar esse cargo de chefe dos árbitros na FIFA, pois ele me dá grandes possibilidades. Assim posso continuar actuando na área de arbitragem, que eu sempre amei. Sobretudo posso assim transmitir minha experiência de 22 anos de carreira aos outros árbitros. Não é uma despedida, mas sim apenas um simples adeus.

Tenho de agradecer a Deus e à minha mulher pela minha carreira, ao qual me sacrifiquei por todos esses anos. Também agradeço ao meu empregador (o cantão do Ticino), que sempre dizia "Massimo, pegue o dia livre, você pode ir". Mas exactamente agora no final não era sempre fácil conjugar o emprego com a actuação de árbitro.

swissinfo.ch: Você defende a ideia de árbitros profissionais na Suíça, como o chefe dos árbitros, Urs Meier, já reivindicou?
M.B.: Na minha cabeça eu sempre fui um profissional, mesmo sem o apoio profissional da federação. Meu lema era: "Se você quer alcançar algo, é preciso se sacrificar e então vêm os resultados".

Eu só pude dar esse desempenho e qualidade, pois sempre submeti a minha vida às exigências do trabalho de árbitro. Durante todos esses anos eu reduzi a minha carga de trabalho para poder me preparar seriamente aos jogos.

Minha decisão, que foi bastante pensada, não tem nenhuma relação com a saída de Urs Meier. Eu me distancio da polémica. Prefiro continuar dando uma contribuição positiva. Por isso aceitei essa nova tarefa.

swissinfo.ch: A partir de agosto, como chefe dos árbitros da FIFA, você será o mais importante árbitro do mundo. Qual será realmente o seu trabalho?
M.B.: Assim como o treinador de uma equipe de futebol, eu serei o treinador dos árbitros. Eu terei de analisar juntamente com essa equipe o que podemos melhorar.

swissinfo.ch: Os jogos ficam cada vez mais rápidos. Árbitros na linha do golo já actuam na Liga dos Campeões depois de terem participado do campeonato europeu. A Copa do Mundo de 2014 no Brasil também terá o quinto e sexto árbitro? 
 M.B.: Ainda é muito cedo para dar uma resposta, mas nós iremos fazer tudo para que, em 2014, os espectadores de todo o mundo possam ter um fantástico campeonato.

A tentativa com os árbitros de linha de golo não foi das melhores no início. Porém, na Liga dos Campeões neste ano, a actuação dos dois árbitros adicionais foi um grande sucesso. Por isso esses testes irão continuar.

Na Eurocopa de 2012 na Polónia e na Ucrânia iremos ver, pela primeira vez, como os seis árbitros saem em um grande campeonato. Se a avaliação dos testes for positiva, iremos utilizar os árbitros de linha de golo na Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

swissinfo.ch: Depois de várias decisões polémicas de árbitros durante a Copa do Mundo na África do Sul há um ano, aumentaram as exigências de provas de vídeo. Qual a sua opinião sobre o tema? M.B.: Eu sou contra. Nós falamos do quinto e sexto árbitro. Eu estou convencido que essa é uma boa solução para avaliar melhor uma situação.

Existem duas discussões: nós precisamos ter 100% de confianças nas pessoas. Nós temos confiança nos grandes jogadores, que fazem de tudo pelo sucesso das suas equipes e, por isso, ganham muito dinheiro. Mas também as estrelas cometem erros e nós aceitamos isso.

Porém não queremos aceitar que um árbitro, que em cada jogo precisa tomar inúmeras decisões, cometa erros. E para diminuí-los, temos hoje o apoio adicional de um árbitro de linha de golo e até de uma câmara na trave. Em relação a outras situações do jogo, sou estritamente contrário à utilização de câmaras.

Assim como os jogadores, também os árbitros têm de lidar diariamente com futebol, sejam eles profissionais ou não. No papel alguém pode ser um profissional, mas apitar ruim.

A profissionalização está focada, em primeira linha, na qualidade. Para os árbitros, isso significa que eles recebem muito mais tempo para se preparar. Isso inclui o estudo das análises de vídeo, assim como do intercâmbio contínuo com a equipe de árbitros.

Mas precisamos abandonar a exigência de um árbitro que não cometa erros. Para descartar as falhas, precisamos trocá-lo por uma máquina programada. Mas eu estou convencido que essa possibilidade significaria o fim imediato do futebol.

swissinfo.ch: A idade limite dos árbitros é de 45 anos. Não seria melhor ter mais flexibilidade para manter os mais capazes?
Um efeito do bom trabalho: os árbitros poderiam ser cada vez mais exemplo para os jovens. É como na equação: "Quando melhor qualidade no cume, melhor qualidade vem da base".

In:swissinfo.ch

Árbitros definidos para o Mundial Sub-20

A FIFA definiu os árbitros para a Copa do Mundo Sub-20 da FIFA Colômbia 2011. Ao todo, 57 árbitros serão responsáveis por dirigir 52 partidas no prestigioso torneio juvenil, que será realizado em oito sedes na Colômbia entre os dias 29 de julho e 20 de agosto.

Xistra novamente nomeado para jogo europeu

Os árbitros portugueses continuam a dar mostras de qualidade e a merecer a confiança da UEFA para dirigirem jogos das competições do organismo máximo do Futebol Europeu.

Sinal disso mesmo é mais uma nomeação de árbitros lusos para jogos sob a égide da UEFA.

Liga Europa
AC Omonia vs ADO Den Haag (28 de Julho de 2011)
Árbitro: Carlos Xistra
Assistente: Serafim Nogueira
Assistente: Paulo Soares
4º árbitro: Cosme Machado

Árbitro algarvio que regressou á 1ª Categoria Nacional

O árbitro algarvio, Nuno Almeida, regressou esta época á 1ª Categoria Nacional, após ter estado 4 anos na 2ªCategoria. Foi na época 2010-2011 que o árbitro algarvio teve o carimbo de regresso á 1º Categoria, terminando a época na 1ª posição da tabela. Agora Nuno está novamente no "bolo" dos melhores 25 árbitros do país.

No dia de ontem tivemos a informação de que a Acção de Formação e Aperfeiçoamento correu muito bem a Nuno Almeida, que concluiu com sucesso as provas a que foi submetido durante os 4 dias de estágio.

Nuno Almeida na conferência de impressa de encerramento do 1º curso da época 2011-2012, reconheceu que em 2009/2010, ano da sua descida, não este bem e como tal mereceu sair do quadro de árbitros, mas agora que regressa espera manter-se.

"Aprender com os erros é uma virtude e o caminho a seguir para ser melhor", considerou Nuno Almeida.

O ARBITRAGEMALGARVIA desde já endereça os parabéns ou Nuno pelo seu 36º aniversário e igualmente lhe deseja uma excelente época e que continuo a dignificar a arbitragem algarvia como o tem feito até aos dias de hoje.

Fique a conhecer melhor o Nuno e o seu percurso enquanto esteve na 1ªCategoria

DADOS PESSOAIS
  • Nome: Nuno Miguel Serrano Almeida
  • Nascimento: 1975-07-25 (36 anos)
  • Nacionalidade: Portugal
  • Naturalidade: Monte Gordo
  • Profissão: Advogado
  • Categoria: Primeira Categoria Nacional
HISTORIAL DE JOGOS NA 1ªCATEGORIA
  • Penafiel 1-0 Feirense Vitalis 06/07
  • Nacional 1-0 Est. Amadora bwin LIGA 06/07
  • Varzim 0-0 Gil Vicente Vitalis 06/07
  • U. Leiria 0-1 Belenenses bwin LIGA 06/07
  • Trofense 1-0 Estoril Praia Vitalis 06/07
  • V. Setúbal 1-1 Desp. Aves bwin LIGA 06/07
  • Ol. Moscavide 0-1 Gondomar Vitalis 06/07
  • FC Porto 4-0 Naval bwin LIGA 06/07
  • Chaves 1-1 Feirense Vitalis 06/07
  • Santa Clara 0-0 Chaves (Vitalis 06/07
  • U. Leiria 0-0 P. Ferreira (bwin LIGA 06/07
  • Gondomar 3-0 Estoril Praia Vitalis 06/07
  • Est. Amadora 1-0 Belenenses bwin LIGA 06/07
  • Varzim 0-1 Chaves Vitalis 06/07
  • Marítimo 2-1 Beira-Mar bwin LIGA 06/07
  • Feirense 1-0 Estoril Praia Vitalis 06/07
  • Gil Vicente 0-0 Trofense Vitalis 06/07
  • Académica 1-1 Belenenses bwin LIGA 06/07
  • Estoril Praia 1-1 Ol. Moscavide Vitalis 06/07
  • Belenenses 3-1 V. Setúbal Liga betandwin 05/06
  • U. Leiria 1-0 V. Guimarães Liga betandwin 05/06
  • Boavista 1-1 Marítimo Liga betandwin 05/06
  • Rio Ave 2-1 Belenenses Liga betandwin 05/06
  • Benfica 4-0 Penafiel Liga betandwin 05/06
  • SC Braga 1-0 U. Leiria Liga betandwin 05/06
  • Boavista 1-1 V. Guimarães Liga betandwin 05/06
  • U. Leiria 1-1 Penafiel Liga betandwin 05/06
  • Naval 0-3 V. Setúbal Liga betandwin 05/06
  • SC Braga 2-0 Belenenses Liga betandwin 05/06
  • Benfica 2-1 V. Guimarães Liga betandwin 05/06
  • Naval 2-2 Boavista Liga betandwin 05/06
  • Nacional 2-2 Académica Liga betandwin 05/06
  • Maia 1-2 Varzim II Liga 05/06
  • U. Leiria 0-3 Rio Ave SuperLiga 04/05
  • V. Guimarães 1-0 Estoril Praia SuperLiga 04/05
  • Marítimo 2-1 Nacional SuperLiga 04/05
  • Sporting 0-2 Penafiel SuperLiga 04/05
  • Boavista 0-0 U. Leiria SuperLiga 04/05
  • Beira-Mar 1-1 V. Setúbal SuperLiga 04/05
  • U. Leiria 0-1 FC Porto SuperLiga 04/05
  • Moreirense 1-0 Académica SuperLiga 04/05
  • SC Braga 0-1 Penafiel SuperLiga 04/05
  • Benfica 3-3 Rio Ave SuperLiga 04/05
  • V. Setúbal 1-0 V. Guimarães SuperLiga 04/05
  • Marítimo 1-0 Moreirense SuperLiga 04/05
  • Estoril Praia 1-0 Belenenses SuperLiga 04/05
  • V. Guimarães 2-1 Académica SuperLiga 04/05
  • Sporting 2-0 Alverca SuperLiga 2003/2004
  • Marítimo 2-0 P. Ferreira SuperLiga 2003/2004
  • Boavista 1-0 Beira-Mar SuperLiga 2003/2004
  • Est. Amadora 2-1 Académica SuperLiga 2003/2004
  • Rio Ave 1-0 V. Guimarães SuperLiga 2003/2004
  • Alverca 1-2 SC Braga SuperLiga 2003/2004
  • Sporting 2-0 Nacional SuperLiga 2003/2004
  • Rio Ave 1-1 Gil Vicente SuperLiga 2003/2004
  • Moreirense 1-2 V. Guimarães SuperLiga 2002/2003
  • Varzim 0-1 V. Guimarães SuperLiga 2002/2003
  • Sporting 2-0 SC Braga SuperLiga 2002/2003
  • SC Braga 1-0 V. Setúbal SuperLiga 2002/2003
  • Moreirense 2-2 V. Setúbal SuperLiga 2002/2003

Entrevista: Carlos Simon - "Somos os pobres da bola"

“Opa, muito bacana e fico muito feliz em saber que essa entrevista também será lida pelo povo russo, um povo de luta e tantas lições sociais prestadas à humanidade”, despejou, visivelmente envaidecido, o ex-árbitro da FIFA Carlos Eugênio Simon, hoje um homem realizado profissionalmente. Nem poderia ser diferente. Nos 27 anos em que se dedicou à arbitragem de futebol, ele conquistou as maiores glórias possíveis na profissão: integrou o quadro FIFA, apitou inúmeros jogos, inclusive finais de competições regionais, nacionais e internacionais e, galardão maior, trabalhou nas Copas do Mundo de 2002, 2006 e 2010 – feito raro no futebol mundial e inédito entre arbitragem brasileira. Nascido no município de Braga (RS) no dia 3 de setembro de 1965, Simon formou-se jornalista pela PUC-RS em 1991 e é Pós-Graduado em Ciência do Esporte com especialização em Futebol. É casado e pai de quatro filhos. Para especial satisfação dos árbitros gaúchos, foi presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Rio Grande do Sul – SAFERGS – de 2006 a 2009, realizando uma administração dinâmica e inovadora, especialmente no âmbito da comunicação. Por ter atingindo a idade limite de 45 anos abandonou o apito em 2010, depois de receber uma aclamação consagradora dos torcedores presentes no estádio do Engenhão, na final do Campeonato Brasileiro entre Fluminense e Guarani. Afastado dos gramados recebeu dois convites de trabalho, prontamente aceitos. O primeiro foi para ser Instrutor de Árbitros da FIFA e o segundo, por parte do Governo do Rio Grande do Sul, para ser o Coordenador Executivo do Comitê Gestor da Copa do Mundo no RS. Nesta entrevista exclusiva concedida aos jornalistas José Edi e Moah Sousa para o jornal Marca da Cal, órgão oficial do SAFERGS, ele fala sobre a carreira recém encerrada, as ideias acerca do futuro da arbitragem de futebol e os novos desafios que tem pela frente. O encontro aconteceu na tarde do dia 3 de junho, no gabinete de Simon no prédio do Centro Administrativo do Estado, em Porto Alegre.

Como estás te sentindo como um árbitro aposentado?
Tem sido difícil. Apitei 27 anos e 27 anos não são 27 dias ou 27 meses. Tenho até evitado ver jogos pela televisão, por que bate aquela saudade, aquela vontade de estar dentro de campo. Mais recentemente trabalhei como observador de arbitragem e passei rapidamente nos vestiários, vi o pessoal se preparando para o jogo. Dá saudade. Eu me preparei para sair. Todo o árbitro de futebol que começa, sabe a idade com que vai encerrar a carreira. Quando eu comecei, a idade para sair era 50 anos. Hoje é 45, amanhã pode ser 42. Mas, enfim, existe uma idade limite a partir da qual o árbitro não pode mais apitar. Há pouco tempo recebi um e-mail do presidente da Comissão Nacional de Arbitragem (Nota da redação: Sérgio Corrêa), informando que a minha média nos 26 jogos que participei no Campeonato Brasileiro de 2010 foi 9.5, de acordo com a avaliação dos observadores da CBF. Foi um ótimo resultado. Considero que encerrei a carreira de forma extraordinária. Além da Copa do Mundo, apitei três finais de campeonato – Supercopa (Estudiantes X LDU), Copa do Brasil (Santos X Vitória) e Campeonato Brasileiro (Fluminense X Guarani). Só não apitei a final da Sul-Americana porque havia uma equipe brasileira envolvida (Goiás X Independiente). Pela mesma razão também não apitei a final da Libertadores entre Internacional X Chivas. Das cinco finais, três eu apitei. Creio que desempenhei meu papel muito bem.

Fala um pouco sobre o teu caminho profissional depois de largar o apito.
Fui convidado por algumas grandes redes de televisão para ser comentarista de arbitragem. Sempre estive e continuo vinculado à arbitragem. Quando em janeiro a FIFA me convidou para ser Instrutor de Árbitros FIFA eu aceitei imediatamente. Este era um sonho meu. A autoridade máxima em arbitragem no Brasil, no âmbito da FIFA, sou eu. Na América Latina somos três, eu o colombiano Oscar Ruiz e o mexicano Carlos Chandia. Assim, diante deste convite, eu disse não à imprensa – rádio, televisão e jornal. Optei por ficar ligado à FIFA desempenhado a função de observar árbitros em jogos internacionais – por exemplo, no jogo entre Barcelona X Manchester, final da Liga dos Campeões da Europa, fiz um relatório e encaminhei à FIFA. Mais recentemente, em abril, o governador Tarso Genro convidou e eu aceitei ser o Coordenador Executivo do Comitê Gestor da Copa do Mundo no Rio Grande do Sul.

Como estás encarando mais este desafio?
Estou muito entusiasmado. Tenho trabalhado com muita transparência e honestidade. Digo sim quando é sim e digo não quando é não. A Copa no Brasil é do Brasil, com as nossas limitações, com as nossas desigualdades sociais, com tudo o que o país tem de bom e ruim, com toda a sua diversidade. O Brasil é um país extraordinário, tem um povo trabalhador, alegre e simpático – tudo isto tem que ser mostrado. E principalmente o nosso estado. Cansei de ouvir na Europa que o Brasil é o Rio de Janeiro. Quando tu aprofunda a conversa um pouco mais, reconhecem que existe o Nordeste e, no máximo o Pantanal. Ou seja, lá fora a Região Sul não existe. Vamos mostrar que Rio Grande do Sul é um estado extraordinário com suas diversas etnias, com uma ótima gastronomia e belíssimas paisagens. Isto precisa ser mostrado e é para isto que estamos trabalhando. O Brasil tem condições de organizar uma bela Copa do Mundo.

Tu és contra ou a favor do uso da tecnologia para auxiliar a arbitragem?
Em alguns aspectos, sou favorável ao uso da tecnologia no futebol. A bandeira eletrônica, que já existe há algum tempo, o placar eletrônico através do qual o quarto árbitro informa as substituições, o ponto eletrônico, que permite uma melhor comunicação entre árbitros e assistentes. Agora, estão propondo um chip na bola. Sou a favor, mas desde que seja inteiramente confiável. Tanto no futebol como na vida, sou pela justiça e a verdade. E nada mais justo que um lance em que a bola que transpôs a linha do gol seja consignado como gol. Estamos na era moderna. É impossível viver sem a tecnologia.

Com tantas interferências, o futebol não correria o risco de perder encantos?
Um dia destes o meu filho mais novo, o Ramirinho, me perguntou: “ô pai, como é que vocês conseguiam viver sem controle remoto?” Esta é a realidade da nossa sociedade. O futebol não pode ficar alheio à tecnologia. Alguns dizem que ela poderia tirar a magia do futebol, acabar com a discussão. Não, certamente surgirão outros motivos para discussão. Racionalmente falando, não existe nada pior do que perder uma partida de futebol por causa de um erro do árbitro. Isto não é bom. O futebol hoje é um grande negócio. O que puder contribuir para melhorar a arbitragem é bem-vindo. No entanto, faço questão de registrar que sou contra o uso das imagens de televisão como recurso para esclarecer dúvidas.

O que achas do uso de mais dois árbitros assistentes próximos às balizas?
Sou favorável porque amplia o mercado de trabalho, mas acho que vão continuar acontecendo erros, porque o erro faz parte da condição humana. No último Campeonato Carioca já aconteceu. O árbitro que estava atrás da goleira assinalou gol e a bola não entrou. Árbitros e assistentes são seres humanos e, como tal, passíveis de erro.

Não haveria também o risco destes assistentes extras minarem a autoridade do árbitro, quando, por exemplo, no momento de decidir se uma bola entrou ou não entrou?
Na busca da justiça e da verdade não há lugar para a vaidade. Temos que estar sempre em busca da justiça. Se mais pessoas puderem ajudar o árbitro, melhor. O árbitro não é o dono da verdade.

No grande negócio do futebol, os árbitros são os que menos ganham. A profissionalização da arbitragem poderia alterar este quadro?
É fundamental. Não tem cabimento manter o árbitro na condição atual, quase um semi-amador. Sempre defendi a profissionalização. Isto significa, na minha visão, proporcionar condição técnica e psicológica, acompanhamento por fisioterapeuta, preparador físico e médico. Hoje o árbitro é um solitário. Na máquina do futebol, a engrenagem mais fraca é o árbitro. O árbitro precisa ter esta consciência e saber que isto só vai mudar com a participação dele no sindicato, na associação nacional. Não tem outra saída que não seja um sindicato forte e combativo e não se faz um sindicato forte e combativo sem uma militância aguerrida. Aqui no RS temos uma estrutura boa, sólida, com sedes próprias. A participação e a conscientização da categoria são fundamentais até para poder chegar e dizer: “olha daqui em diante as coisas tem que mudar, não aceitamos mais esta situação”. Se existe um abnegado no mundo do futebol, este é o árbitro. Muitos estão no mundo do futebol por causa do dinheiro. O árbitro não. Quando tu falas quanto um árbitro ganha, as pessoas riem. Aqui no Brasil a arbitragem é honesta, transparente, correta. E muitas vezes serve de válvula de escape do dirigente incompetente, do técnico que escala mal, do jogador que erra um gol feito, do goleiro que toma um frango e de pseudos jornalistas que estão a serviço dos grandes clubes, e, diante do insucesso de suas equipes, resolvem sentar o pau no árbitro.

Qual o momento mais marcante da tua carreira?
Foi a final do Campeonato Brasileiro de 1998, entre Cruzeiro e Corinthians. Apitei o primeiro jogo no Mineirão (2 a 2). O Luciano de Almeida apitou o segundo em São Paulo e au apitei o terceiro. O Corinthians venceu por 2 a 0 e foi Campeão Brasileiro. Trabalharam comigo os assistentes José Carlos Oliveira e o Jorge Paulo de Oliveira Gomes. O trabalho da arbitragem foi considerado nota 10, pelos comentaristas de arbitragem e a imprensa esportiva em geral. Era o meu segundo ano como árbitro FIFA. Foi um momento chave na minha ascensão profissional. Depois, claro vieram as Copas do Mundo, momentos também muito significativos. E por fim, o último jogo, a final do Campeonato Brasileiro 2010, no Engenhão, Fluminense X Guarani), que igualmente me deixou muito emocionado.

Este foi um dos raros jogos em que o árbitro foi aplaudido.
Na verdade fui ovacionado pelo estádio. Não poderia ter melhor reconhecimento depois de 27 anos de carreira. Foi de arrepiar sentir o Engenhão todo me aplaudindo.

Um recado para as novas gerações
Uma coisa da qual me orgulho muito é a minha passagem pelo Sindicato. Um árbitro da FIFA ser presidente de Sindicato é algo muito raro não só no Brasil, mas no mundo todo. Eu, do início até o fim da carreira, sempre me fiz presente nas atividades e organismos representativos dos árbitros de futebol. Contribui para a arbitragem atuando dentro de campo e também fora dele, envolvido em questões que objetivavam melhorar as condições de trabalho dos árbitros. Acho importante salientar a todos os árbitros a importância da participação no movimento sindical, independente da sua posição no ranking da arbitragem e do seu posicionamento político-partidário. Numa época bem menos tolerante do que hoje, nunca abri mão dos meus princípios e mantive fidelidade à minha ideologia e nem por isto deixei de atingir o topo da arbitragem mundial, qual seja fazer parte do quadro FIFA e participar de três Copas do Mundo. Conheço vários casos de árbitros que abriram mão de suas convicções pensando que assim iriam se sobressair na arbitragem e não chegaram a lugar nenhum. Temos que agir de acordo com o que manda a nossa consciência. Em primeiro lugar, o árbitro deve ser honesto consigo mesmo dentro e fora de campo.

Agora, pra terminar, um recado para o povo russo.
Infelizmente durante minha carreira não tive a oportunidade de conhecer a Rússia. O conhecimento que tenho da nação e da história russa foi adquirido através de leituras e também das conversas que tive com o amigo Wladimir Irmatov, um grande árbitro, pessoa correta e dedicada, com quem convivi na Copa da Alemanha em 2006. Confesso que conhecer a Rússia é um sonho acalentado desde que comecei a participar da vida sindical no Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, época em que li o livro do jornalista americano John Reed - Os 10 dias que abalaram o mundo -, que relata os fatos que culminaram na Revolução de 1917. Tenho uma admiração especial pelo povo russo, que deu à humanidade grandes líderes socialistas, como Lênin e Trotski, e escritores de envergadura humanística como Tolstói, Dostoievski, Gorki e Maiakovski, o poeta da revolução, entre muitos outros. No momento em que tenho oportunidade de falar à população russa através da internet, saúdo os companheiros repetindo a observação certeira de Vladimir Ilych Lenin: "a verdade é revolucionária". Não nos esqueçamos também que a vodka é russa. A todos, o meu abraço fraterno.
Fonte: Apito Bicudo/RefereeTip