
O árbitro internacional Bruno Paixão considera que o novo código contributivo irá ser o causador da extinção da arbitragem em Portugal caso venha a ser aplicado.
«Estou solidário com este protesto. Mais do que a greve, está em causa o futuro da arbitragem. A continuar assim dentro de quatro ou cinco anos não teremos árbitros em Portugal», disse a A BOLA o árbitro internacional desde 2004.
Pelos valores a pagar, Bruno Paixão considera que é insustentável dar início à carreira de árbitro quando se paga muito mais do que se ganha.
«É impossível começar quando cerca de 50 euros por mês, penso que é esse o valor nos distritais, e se paga 180 à segurança social, fora o IRS e os restantes impostos», rematou.
Primeira mulher atingir o quadro nacional de árbitros da 3.ª Divisão solidária com a greve anunciada para Novembro.
Ana Raquel Morais Pinto Brochado, tem 29 anos, é licenciada em Educação Física, está na arbitragem há 15 anos e fez história a 17 de Setembro de 2006 ao tornar-se na primeira mulher a dirigir um jogo da 3.ª Divisão.
É mais uma voz que se junta ao coro de protestos contra o novo código contributivo da Segurança Social, que irá obrigar árbitros e juízes desportivos, que não descontem para a Segurança Social, a uma contribuição mensal de 183 euros.
«Este é um problema que se arrasta há quatro anos e já não acreditamos que se resolva de forma pacífica. Chegou o momento de nos unirmos em torno de uma causa», defende a árbitra da AF Lisboa, que não esconde enorme desilusão com a actual situação: «Iniciei-me na arbitragem há 15 anos e se as condições na altura fossem as actuais não teria arriscado.»
In: Bola




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