O treinador do Arsenal ainda não digeriu a eliminação na Liga dos Campeões frente ao Barcelona. Wenger diz que a UEFA devia desculpar-se pela expulsão de Robin van Persie.
Arsène Wenger acusou a UEFA de se comportar como “uma ditadura” e de demonstrar uma “arrogância” inexplicável na decisão de o acusar e a Samir Nasri de “conduta imprópria” na sequência da eliminação do Arsenal na Liga dos Campeões, frente ao Barcelona.
O técnico continua a contestar o árbitro suíço Massimo Busacca, por este ter expulsado Robin van Persie. O holandês viu o segundo cartão amarelo – e consequente vermelho – aos 56 minutos da partida da segunda mão, por chutar uma bola para longe após o apito do árbitro. Uma decisão que “destruiu” a partida, diz Wenger. “A única coisa de que as pessoas se lembram é que a expulsão matou o jogo”, frisou.
Wenger e Nasri contestaram Busacca no final da partida, e o árbitro fez constar no relatório que os dois elementos utilizaram “linguagem inapropriada”. Porém, foram as acções subsequentes da UEFA que aprofundaram o sentimento de injustiça de Wenger. O técnico afirmou que o organismo que tutela o futebol europeu devia envergonhar-se e pedir desculpa ao Arsenal pela decisão controversa em vez de partir para o ataque com acusações.
O Arsenal tem até segunda-feira para apresentar a sua defesa, e o comité de controlo e disciplina da UEFA reúne-se na quinta-feira para decidir. Se forem considerados culpados, Wenger e Nasri podem vir a ser multados e a cumprir até dois jogos de castigo. “O Arsenal já foi punido. Num jogo tão importante não se pode ter decisões como aquela, e depois ainda demonstrar arrogância. Podemos compreender que toda a gente erra, mas depois tudo se torna uma ditadura. Não há senso comum”, sublinhou o treinador francês.
“Um pouco mais de humildade fazia bem à UEFA. Pedir desculpa pelo que aconteceu seria muito melhor que acusar pessoas que não fizeram nada de mal”, concluiu Wenger.
In:Publico
0 comentários:
Enviar um comentário