O ex-árbitro bazileiro de futebol José Roberto Wright, que está em Zurique, na Suíça, numa reunião da Fifa, afirmou que a entidade máxima do futebol mundial já considera a utilização de tecnologia no futebol.
Membro de uma comissão de 18 pessoas que se reúnem na sede da Fifa duas vezes por ano para falar sobre o futebol, Wright, expôs os principais tópicos abordados na reunião.
Segundo ele, o assunto mais discutido foi a utilização de árbitros de balizas, medida que José Roberto Wright não aprova, já que eles continuariam sem poder ver se a bola entrou na baliza e ainda poderiam influenciar o jogo caso a bola batesse em algum deles.
Por fim, Wright cita o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que anunciou que três empresas irão apresentar projectos tecnológicos que tentem ajudar a resolver os casos em que não se sabe se a bola entrou totalmente na baliza ou não.
Segundo Wright, Blatter estaria bastante inclinado a aceitar a tecnologia no futebol.
A Assembleia Anual da International Board da Fifa tem início em Cardiff, no País de Gales, nesta quarta-feira, com a discussão sobre a utilização de chips para definir se a bola ultrapassou ou não a linha do golo como principal pauta. Além disso, os dirigentes da entidade farão uma avaliação inicial sobre a utilização de árbitros na linha de fundo, o que tem sido testado em competições europeias.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, já havia prometido estudar a utilização da tecnologia nas bolas após a polêmica vivida na Copa do Mundo da África do Sul, quando Frank Lampard fez golo legal pela Inglaterra nos quartas de final contra a Alemanha. A pelota disparada pelo britânico acertou o travessão e pingou dentro do baliza antes de sair, mas o árbitro Jorge Larrionda não validou o lance.
Por outro lado, o dirigente também sinalizou que erros de arbitragem são os "aspectos humanos" do futebol, afirmando a necessidade de aceita-los. Se a Fifa 'cedeu' em algum ponto nos últimos tempos foi em aceitar a experiência com árbitros extras, postados na linha de fundo, eles seriam capazes de evitar erros como o de Larrionda no último Mundial, por exemplo.
A Uefa adoptou a experiência e tem utilizado árbitros de fundo em partidas da Liga Europa, Liga dos Campeões e SuperTaça da Europa. A International Board havia permitido a prática até 2012 e, em Cardiff, os dirigentes devem fazer uma avaliação inicial. Além disso, também será citada a hipótese de uma "tripla punição" a infracções - golo, cartão vermelho e sanção ao jogador.
Todas as discussões serão encaminhadas para a próxima Reunião Anual Geral da International Board. Entre 4 e 6 de março de 2011, também em Cardiff, delegados e dirigentes da Fifa se reunirão na única oportunidade da temporada em que será possível alterar as 17 regras do futebol.
0 comentários:
Enviar um comentário