O árbitro lisboeta João Capela foi indicado pela Federação Portuguesa de Futebol para ocupar a vaga deixada por Lucílio Batista, que termina a carreira internacional do dia 31 de Dezembro de 2010. João Capela, que irá receber em Janeiro de 2011 das mãos de Carlos Esteves, presidente da arbitragem portuguesa as novas insígnias, concedeu uma entrevista ao ArbiFute e revelou o desejou de 'apitar' um jogo no mítico Camp Nou.
Nome Completo: João Carlos Santos Capela
Data de Nascimento: 07 de Agosto de 1974
Profissão: Supervisor EMEL
Árbitro desde: 14 de Abril de 1997 Época 1996/97
Associação: Lisboa
ArbiFute: Se fosse hoje o dia em que iniciou o curso de árbitro, voltaria a fazê-lo?
João Capela (JC): Claro que sim, a arbitragem marcou para sempre a minha vida, contribuindo para minha formação como homem.
ArbiFute: Está preparado para em Janeiro receber das mãos da FPF as insígnias da FIFA?
(JC): Obviamente que sim. Será uma grande honra e tudo farei para dignificar o nome de Portugal e de todos os que me têm acompanhado ao longo destes 14 anos.
ArbiFute: Qual foi o momento que marcou a sua carreira até chegar a internacional?
(JC):O momento que marcou a minha carreira, foi sem qualquer dúvida quando fui despromovido na primeira época que estive na 1ª Divisão.
Essa experiência foi a mais gratificante e a que contribuiu para que este objectivo da internacionalização se tornasse real. Após ter subido pela primeira vez, fiquei deslumbrado e demasiado confiante, pensando que a partir desse momento seria sempre a subir… E não foi.
Quando finalmente percebi que tinha sido despromovido, parei e reflecti no que se tinha passado e cheguei á conclusão que só tinha dois caminhos a percorrer, ou pensava que tinha sido prejudicado ou levantava a cabeça e aceitava a descida com naturalidade, pois na verdade os meus colegas tinham sido melhores que eu nessa época.
È claro que optei pelo caminho mais difícil, o aceitar que podia ter feito mais qualquer coisa, e assim foi, levantei a cabeça, focalizei-me na minha prestação e evolução contínua, o que se revelou a decisão mais acertada. Já alguém disse que “ás vezes mais vale dar um passo atrás, para depois dar dois á frente”… e não é que é verdade…
ArbiFute: É o ponto mais alto da sua carreira ou ainda espera ir mais além?
(JC):É o ponto mais alto neste momento, mas o meu compromisso é tudo fazer para continuar a percorrer o caminho para a excelência e aproveitar ao máximo as oportunidades que essa viagem me vai proporcionar, quer internamente quer a nível internacional.
ArbiFute: Como imagina o 1º jogo internacional?
(JC):Imagino uma grande satisfação pessoal e colectiva de todos os que ao longo destes anos me têm apoiado, independentemente do local e da competição.
ArbiFute: Qual o "sonho" na carreira Internacional?
(JC):Como o sonho comanda a vida, é o mesmo desde que comecei a arbitrar… Fazer um jogo no Camp Nou em Barcelona.
ArbiFute: O que mudava na estrutura da FPF, nomeadamente na arbitragem, para uma melhor captação de árbitros, por exemplo para futuros internacionais?
(JC):Na minha opinião é necessário fazer uma aposta clara na formação, com a colaboração de todos as Associações em Portugal e os seus respectivos Conselhos de Arbitragem. Existe uma necessidade urgente em gerir melhor os recursos humanos disponíveis e unificar a formação em Portugal, definindo protocolos integrados na realidade do pais e nas suas necessidades. Os conteúdos da formação têm de ser iguais, assim como os conceitos apresentados, visando o futuro e que “tipo” de árbitros e arbitragem se pretende.
In: ArbiFute
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