O portalegrense Paulo Baptista foi o árbitro da primeira categoria que mais faturou nos primeiros meses da época 2010/11, seguido dos portuenses Rui Costa, Artur Soares Dias e Vasco Santos.
O gerente de armazém, de 41 anos, já realizou 15 jogos esta época, 13 como árbitro principal e dois como quarto árbitro, que lhe garantiram 14 956 euros, um rendimento ao qual se junta 2140 euros de cinco meses de subsidio mensal de treino.
Desde agosto, Paulo Baptista amealhou uma média de 3.419 euros por mês, correspondente a um total de 17.096 euros, superando o rendimento do estudante Vasco Santos (16.510), do diretor de recursos humanos Artur Soares Dias (16.194) e do professor de Educação Física Rui Costa (16.179).
Ainda acima dos 16 mil euros surge o albicastrense Carlos Xistra, que foi o árbitro que mais dinheiro amealhou na última época (32.943 euros), e o scalabitano André Gralha.
Atualmente, a Liga de Clubes paga 1.272 euros por cada jogo na Liga Zon Sagres, 890 na Liga Orangina e um quarto destes valores para os quartos árbitros. Caso o jogo seja disputado durante a semana, são pagos mais 118 euros, à exceção dos quartos árbitros em jogos do segundo escalão, nos quais a remuneração só aumenta 59.
Tanto na Taça da Liga como na Taça de Portugal os árbitros recebem consoante as equipas envolvidas. Mas, se no caso da competição da Liga de Clubes a tabela é igual à que é aplicada nos campeonatos, na Taça de Portugal os valores são reduzidos a menos de metade: 560 com primodivisionários e 420 para emblemas da Liga Orangina.
O último lugar do ranking dos proveitos é ocupado pelo profissional de seguros Olegário Benquerença, que realizou dez jogos, quatro na liga principal, dois no segundo escalão, outros tantos na Taça de Portugal e um na Taça da Liga, arrecadando 11.938 euros.
O leiriense é o único árbitro do quadro a não amealhar mais de 12 mil euros, num patamar próximo do oficial do exército, e também árbitro internacional, João Ferreira (12.150 euros), do madeirense Elmano Santos (12.396), que é aos 44 anos o mais veterano do quadro, e do estreante Manuel Mota (12.434).
Benquerença contabiliza um rendimento mensal de 2.388 euros, cerca de 500 euros abaixo da média geral por mês (2.937). Um valor que também ainda não foi alcançado pelos internacionais Bruno Paixão (Setúbal), Pedro Proença e Duarte Gomes (Lisboa).
Total rendimentos (em euros)
Paulo Baptista, Total: 17.096 euros / Média mensal: 3.419,2
Vasco Santos, 16.510 / 3.302
Artur Soares Dias, 16.194 / 3.238,8
Rui Costa, 16.179 / 3.235,8
Carlos Xistra, 16.132 / 3.226,4
André Gralha, 16.010 / 3.202
Bruno Esteves, 15.922 / 3.184,4
Marco Ferreira, 15.780 / 3.156
João Capela, 15.548 / 3.109,6
Hugo Pacheco, 15.516 / 3.103,2
Luís Catita, 15.390 / 3.078
Jorge Sousa, 14.782 / 2.956,4
Rui Silva, 14.745 / 2.949
Cosme Machado, 14.722 / 2.944,4
Bruno Paixão, 14.570 / 2.914
Hugo Miguel, 14.494 / 2.898,8
Duarte Gomes, 14.458 / 2.891,6
Pedro Proença, 13.892 / 2.778,4
Hélder Malheiro, 13.731 / 2.746,2
Jorge Ferreira, 13.495 / 2.699
Diogo Santos, 13.455 / 2.691
Manuel Mota, 12.434 / 2.486,8
Elmano Santos, 12.396 / 2.479,2
João Ferreira, 12.150 / 2.430
Olegário Benquerença, 11.938 / 2.387,6
No então, Olegário Benquerença, o pior remunerado do quadro de árbitros da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), e os restantes internacionais compõem o seu rendimento com as nomeações para os jogos europeus.
Apesar de internamente ter amealhado apenas 11.938 euros, longe dos 17.096 de Paulo Baptista, o líder do ranking, Benquerença consegue superar o rendimento do portalegrense, com os quatro jogos que apitou na Liga dos Campeões , um deles no playoff, e com o Sérvia-Eslovénia de qualificação para o Euro’2012.
A UEFA paga aos árbitros entre 100 e 1.000 euros por jogo, dependendo da competição e da fase a que corresponde o encontro, sendo que o montante máximo é atribuído aos juízes nomeados para jogos de qualificação de seleções, da Liga dos Campeões (a partir da 3.ª eliminatória) e da Liga Europa (dos 16avos-de-final em diante).
De acordo com o organismo que gere o futebol europeu, os árbitros são também recompensados consoante a sua categoria, que é avaliada pelo comité de arbitragem e baseado em critérios como experiência, domínio de línguas, entre outros, num valor que oscila entre os 200 e os 3000 euros.
Mesmo perante a arbitrariedade destes estatutos criados em 2007, Benquerença assegurou, pelo menos, 5000 euros em jogos internacionais, desde o início da época, tanto quanto o contabilizado pelo lisboeta Pedro Proença, que também dirigiu 4 jogos na liga milionária, 3 na fase de grupos e 1 no playoff, e o França-Roménia.
Até agora, Duarte Gomes é o árbitro com mais jogos internacionais esta época, mas apenas o confronto entre as seleções da Croácia e de Malta é brindado com o valor remuneratório mais alto, uma vez que os três apitados para a Liga Europa foram anteriores aos 16 avos-de-final e o da Champions contava para a 2.ª ronda.
Bruno Paixão, com dois jogos para a Liga dos Campeões e dois para a Liga Europa, Jorge Sousa, com um encontro de seleções e três da Liga Europa, Carlos Xistra, com dois para a Liga Europa, João Ferreira e Artur Soares Dias, com um cada, são os outros internacionais cujo rendimento aumenta com os jogos no estrangeiro.
Os jogos nas fases finais de Europeus são os mais rentáveis no âmbito da UEFA que, na prova disputada na Áustria e na Suíça, em 2008, remunerou, por jogo, cada árbitro em 10 000 euros, os árbitros assistentes, com 5000 euros, os quartos árbitros, com 4000, e os quintos, com 3000.
Fonte: Record
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