O presidente da Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Vítor Pereira, defendeu hoje que o árbitro Rui Costa deveria ter relatado os incidentes após o final do Benfica-Nacional, mesmo sem perceber os detalhes.
Para o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Vítor Pereira, o árbitro do jogo devia ter feiro mais:
"Devia dizer que houve um burburinho e que não conseguiu ver nada. Devia ter relatado".
Vítor Pereira reagiu assim ao incidente entre o treinador do Benfica, Jorge Jesus, e o futebolista Luís Alberto, do Nacional, após o encontro da 17. jornada da Liga, no domingo, no Estádio da Luz.
O dirigente defendeu o árbitro portuense com o facto de este "não ter percebido os pormenores que as câmaras revelaram".
Vítor Pereira explicou que, "terminado o jogo, há um conjunto de jogadores que se dirige à equipa de arbitragem para a cumprimentar", e esta é "apanhada desprevenida, surpreendida com o que acontece depois", porque "vê um aglomerado de jogadores de ambas as equipas" e "não se apercebe de nada de grave que pudesse ser suscetível de relatório".
"Na TV vemos outra coisa. Uma câmara por cima vê com mais detalhe os movimentos, braços, etc. Com zooms e câmaras lentas é possível ver coisas que à equipa de arbitragem não são compreensíveis no momento e com o aglomerado de jogadores. Mesmo assim deveria ter sido relatado? A minha resposta é sim", reforçou.
Vítor Pereira justifica igualmente o facto de o quarto árbitro nada ter referido, "pois quando acaba o jogo vai para o túnel, pelo que não estava lá para ver os incidentes".
"Está escrito nas leis do jogo que os árbitros devem registar no relatório todas as situações ocorridas no terreno de jogo, antes, durante e após os jogos. Isso deve ser cumprido", concluiu.
Sobre o ambiente vivido época após época entre porto e Benfica, Vitor Pereira considera que a guerra verbal sobre arbitragens prejudica o campeonato e poucos benefícios traz às equipas, defendeu hoje o presidente da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Vítor Pereira.
"Do nosso ponto de vista -- e o presidente da LPFP, Fernando Gomes, defende o mesmo -- a guerra, guerrilha, animosidade entre Benfica e FC Porto não beneficiam o espetáculo, a atividade. Estamos em clara sintonia. Não parece que traga algo de bom para a competição", criticou Vítor Pereira.
in. RTPonline
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