O Árbitro desta semana é Rui Miguel dos Santos Cabrita Correia , nasceu a 03 de Janeiro de 1980 , tem 31 anos, é natural de Albufeira e a nivel profissional é Assistente Operacional na Divisão de Águas da Câmara Municipal de Albufeira.
Quando inicias-te a actividade e qual o teu percurso?
Apesar de ter frequentado o Curso de Maio de 2009, ainda sou Árbitro Estagiário, pois apenas esta época decidi dar inicio a esta nova actividade, tendo arbitrado a minha primeira partida de futebol de 7 no dia 6 de Novembro de 2010 no Complexo Arsénio Catuna na Guia. Nesse fim-de-semana fiz também o meu primeiro jogo como Árbitro Assistente. Apesar de uma carreira bastante curta, posso já orgulhar-me de ter sido 4º Árbitro num encontro Amigável FIFA entre as Selecções AA de Andorra e Moldávia. Felizmente faço parte de um quarteto que alia a vontade de arbitrar com o facto de querer também usufruir de um convívio são e assim sendo cada fim-de-semana que passa é um prazer e não um sacrifício.
O que te levou a ser árbitro?
O gosto pelo desporto rei. Toda a minha vida estive ligado ao futebol, tendo sido jogador dos 6 aos 18 anos, depois dava um jeito como dirigente, fui treinador de futebol de 7 durante 4 épocas e quando vi que ia haver um curso de árbitros pensei ‘porque não?’. Penso que dei o passo certo, pois gosto muito de estar na função de Árbitro ou de Árbitro Assistente.
O que esperas ainda da arbitragem para o teu futuro?
Eu já entrei na arbitragem numa idade que não dá para pensar em grandes voos. Por enquanto já me sinto realizado ao pertencer a uma grande equipa de arbitragem a nível regional e espero dar o meu contributo para que o elemento mais novo da minha equipa tenha um futuro grandioso na arbitragem nacional. Espero continuar a divertir-me, a fazer amizades, a não sofrer lesões e a errar o menos possível, ou seja, espero estar inserido no jogo por puro prazer e não numa obrigação chata.
Como vês a evolução da arbitragem Algarvia e o que alteravas para a melhorar se for esse o caso?
Em termos de evolução terei de recuar aos meus tempos de jogador em que era raro haver equipa de arbitragem nos meus jogos, sendo que os clubes já tinham pessoas disponíveis para fazer de árbitro. Hoje penso que uma grande percentagem dos jogos, mesmo de futebol de 7, têm árbitro designado e que comparece no campo de jogos. Tal como outros camaradas, gostava que o Algarve tivesse representado na Liga, mas a seu tempo irão aparecer jovens valores que irão colocar o Algarve no topo da Arbitragem Nacional e quem sabe se algum deles não chega mesmo a Internacional.
Como vês a evolução da arbitragem Portuguesa no cenário nacional e internacional?
Penso que caminhando para a profissionalização, os árbitros terão cada vez mais estabilidade e com isso melhores performances dentro do campo. Há hoje melhores condições de treino também, uma melhor organização do jogo em si e com tudo isto é mais fácil o árbitro entrar de cabeça limpa dentro das quatro linhas.
Até hoje qual foi o acontecimento que mais marcou a tua carreira?
Embora tenha sido um Amigável (num jogo oficial seria impossível acontecer) foi muito gratificante ter sido 4ª Árbitro num jogo de Selecções AA. Apesar de Andorra e Moldávia serem selecções fracas, estar ali, significava estar perante os melhores jogadores daqueles países e muito dificilmente terei outra oportunidade igual. Ainda espero ansioso pelo primeiro jogo arbitrado por mim, que a minha Mãe vá ver, ela que tantos nomes chama aos árbitros…
É fácil conciliar-se a vida de árbitro com a vida familiar?
Sem dúvida que é, primeiro que tudo porque a minha família e a minha namorada sabem do empenho e do gosto que eu tenho pela arbitragem. Estou no nível mais baixo que há, mas mesmo assim levo isto muito a sério e dou o meu melhor cada vez que entro em campo. Rouba algum tempo a eles, pois sempre são 3 treinos por semana e o fim-de-semana preenchido, sobrando normalmente o Domingo à tarde para estar junto daqueles que eu mais gosto. Mas é com o mais dos gostos que estou inserido no desporto rei.
Que mensagem gostarias de deixar a todos os que passam pelo blogue?
Todos os que são Árbitros, que continuem a trabalhar com afinco e a ser unidos como temos sido até agora. Para os outros agentes do futebol e publico em geral, que respeitem o ser humano que está a arbitrar o jogo. Todos nós falhamos. Tomamos sempre a decisão que achamos correcta, assim como um ponta de lança falha um golo de baliza aberta, mas chutou como achava ser correcto ou o guarda-redes que dá um frango mas que acho que seria a defesa conveniente naquele lance. Até mesmo o treinador, que trocou a táctica para baralhar o adversário e acabou goleado. A perfeição não existe.
Ao blog desejo as maiores felicidades e queria também deixar um enorme abraço à minha equipa de arbitragem. Sérgio, Cristiano e Mauro, muito obrigado por tudo o que me têm ensinado. Espero continuar a evoluir junto de vocês.
O "ArbitragemAlgarvia" agradece ao Rui a disponibilidade para esta entrevista e deseja-lhe a continuação de uma excelente época.






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