segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Marco Ferreira em entrevista ao ArbitragemCoimbra

Blog de arbitragemcoimbra : Pela nobre causa da Arbitragem,pela Arbitragem Tudo!, Entrevista Exclusiva a Marco Ferreira...Humildade até ao Topo
O Arbitragemcoimbra regressou com mais uma entrevista de grande nível .Desta vez escolheram um árbitro da LPFP que ano após ano tem vindo a revelar uma maturidade e competência na nossa arbitragem e principalmente na 1a categoria nacional e que neste momento tem sido um dos árbitros em destaque pela positiva e é bom começar-se a apostar em malta "jovem" porque possuem imenso valor e são o futuro da nossa arbitragem e que aos poucos começa a criar impacto na europa pela positiva.

Marco Ferreira tem 33 anos,nasceu no Funchal a 8 de Março de 1977 , é árbitro desde a época 1995/1996 com 19 anos e é árbitro da primeira divisão nacional desde 2007 .
A sua estreia ocorreu no jogo entre a Naval 1º de Maio e o Paços de Ferreira disputado a 2 de Dezembro da época de 2007/08 assinalou a estreia absoluta de Marco Ferreira na 1a categoria estando inscrito na Associação de Futebol da Madeira.

Conhecido pela sua maneira simples,humilde e simpática por colegas de arbitragem  Marco Ferreira prontamente acedeu ao nosso pedido e de maneira objectica e eficaz deixou-nos uma excelente entrevista dando os seus pontos de vista e falando um pouco de si e da arbitragem .

Deixamos em baixo a entrevista :

Para quem não conhece o Marco Ferreira o que nos pode dizer de si ?
MF-Não gosto de falar muito de mim próprio, prefiro ouvir sempre a opinião das outras pessoas, só assim identificamos os nossos defeitos e podemos melhorar a nossa maneira de ser.

Como foi a ascensão do Marco Ferreira até á 1a categoria ?
MF-Foram 10 anos de muito trabalho e dedicação quase exclusiva à Arbitragem. Essa dedicação foi premiada ao longo dos anos sendo visivel nas classificações que obtive, ascendi aos nacionais em 1º classificado, à 2ª divisão em 2º e à 1ª categoria em 1º lugar na classificação.
Este percurso enche-me de orgulho e esperança no futuro.

Não ser habitante de Portugal continental trás desvantagens ou vantagens a um árbitro ?
MF-Tem tudo a ver com a forma como encaramos os desafios, essa distância dos centros de decisão eram benéficos para mim porque retiravam-me alguma pressão libertando-me mais para me dedicar com tranquilidade à arbitragem.

Como se prepara fisicamente na Madeira? Existe algum centro de treinos especializado ?
MF-Existe um centro de treino da LPFP na região superiormente liderada pelo Elmano Santos, cumprindo assim os mesmo planos de treino de todos os centros de treino espalhados pelo país.

Sente um desgaste maior a nível físico e psicológico por viajar semanalmente para o Continente ?
MF-O bom planeamento das viagens serve para minimizar ao máximo o desgaste normal neste tipo de deslocações, nesse aspecto a LPFP tem sempre a preocupação de fazer o melhor para estarmos sempre bem fisicamente e psicológicamente no dia dos jogos.

É um árbitro que está a começar a ser uma aposta importante e frequente da comissão de arbitragem em jogos muito exigentes.O que podemos esperar do Marco Ferreira ?
MF-A certeza que podem ter é que vou continuar a trabalhar para poder justificar a aposta da CA sempre com a preocupação de estar a fazer o máximo contribuindo assim para credibilizar o sector, tratando todos de igual forma, tentar não cometer injustiças e sobretudo respeitar todos os agentes desportivos sem excepção.

Tem levado frequentemente árbitros assistentes de Coimbra.Qual a sua opinião acerca deles ?
MF-Estou muito satisfeito com os assistentes de Coimbra, têm elevada qualidade e sem dúvida têm contribuido muito para o sucesso da equipa. Infelizmente a comunicação social só fala dos assistentes quando existem erros mas esquecem muitas vezes que o sucesso de uma boa arbitragem depende muito dos assistentes, nesse aspecto sou um preveligiado, não tenho duvidas que tenho trabalhado com os melhores.

Quais as suas aspirações e sonhos na arbitragem ?
MF-A nossa vida é feito por objectivos, a arbitragem não foge a essa realidade, tenho objectivos bem defenidos para mim. Esses objectivos são individuais e colectivos, quero para mim o mesmo que quero para os meus assistentes, só o sucesso de todos fará o sucesso da equipa. Estou a trabalhar para dar mais um passo em frente, a minha missão é fazer com que esse passo se torne o mais curto possível para poder assim avançar em segurança e com a estabilidade que é necessária.

Presentemente passou a estar completamente disponível para a arbitragem colocando de lado o seu emprego. É uma aposta de futuro ou será a curto prazo para ver o que vai dar ?
MF-É sem dúvida uma aposta de futuro, foi uma decisão muito pensada e ponderada, neste momento estou 100% disponivel para o que mais gosto de fazer na vida, tenho prazer no que faço e isso faz-me muito feliz. Infelizmente a profissionalização do sector teve que ser adiada porque esse terá que ser o caminho a seguir.

A nível de arbitragem Madeirense como a classifica actualmente ?
MF-Infelizmente a arbitragem Madeirense "parou" um pouco no tempo, passamos uma fase menos boa onde praticamente não tínhamos ninguém nas competições da FPF, neste momento o trabalho do Conselho de Arbitragem já deu "frutos" e já temos 4 Árbitros nos quadros da 3ª Divisão, tem sido um caminho difícil de percorrer mas o futuro será melhor. Esta melhoria na arbitragem regional teve também o contributo importante da ATARAM, presidida pelo Elmano Santos, com a realização de formações complementares e outras actividades que, sem dúvida, têm contribuído imenso para o desenvolvimento da arbitragem regional.

Quem mensagem gostaria de deixar aos mais jovens e a todos os nossos leitores ? 
MF-Não desistem dos vossos sonhos, lutem com todas as armas por esta causa sempre com justiça, correcção, não abdiquem dos vossos princípios para poder singrar tanto na Vida como na Arbitragem.
A Arbitragem tem de se abrir à sociedade, nós temos que cada vez mais impedir que sejamos uma classe separada de tudo o resto da sociedade, vamos conviver com todos sem excepção, não podemos pensar que temos de ser "arrogantes" e "prepotentes" para podermos nos afirmar como Árbitros, não esqueçam que quanto mais respeitarem as pessoas mais são respeitados, se nos mostrarmos às pessoas como somos realmente sem dúvida nenhuma os nossos erros serão mais compreendidos e seremos mais respeitados.
Quando conseguires encarar uma critica, por mais dura que seja, com um sorriso interior, com um estender de mão, com a humildade de tirar algo de positivo das pessoas, nesse momento estarás a ser melhor Árbitro e melhor Cidadão.

In: ArbitragemCoimbra

0 comentários: