Tiago Filipe Ribeiro Cravo, nasceu a 18 de Maio de 1990, tem 20 Anos e é Estudante Universitário.
Quando inicias-te a actividade e qual o teu percurso?
Iniciei a minha carreira em 2004, quando ainda tinha apenas 14 anos. Em 2005/2006 fui árbitro jovem e em 2007 ascendi à 2ª Cat. Distrital, na qual me manti durante o ano de 2008. Em 2009 ascendi à 1ª Cat. B, e no último ano fui promovido à primeira categoria Grupo A.
O que te levou a ser árbitro?
Desde muito pequeno que sonho em ser árbitro, por isso iniciei logo que pude, e assim, já há 6 anos que faço aquilo que mais gosto.
O que esperas ainda da arbitragem para o teu futuro?
Não seria honesto se não dissesse que alimento alguns sonhos na arbitragem. Poder chegar ao mais alto nível, é aquilo que me dá força para continuar, contudo, sei que para isso é preciso muito trabalho, dedicação, espírito de sacrifício, força de vontade e alguma sorte.
Como vês a evolução da arbitragem Algarvia e o que alteravas para a melhorar se for esse o caso?
A arbitragem Algarvia conta claramente com um quadro de árbitros com grandes qualidades (ELITE), contudo é fundamental que hajam sucessores bem preparados.
Assim, é extremamente importante que se desenvolvam programas para os jovens árbitros, para que estes evoluam e possam ser os futuros árbitros de ELITE com potencial. De outra forma, a Arbitragem Algarvia vai perder muitos jovens árbitros com valor, devido também aos problemas associados com o estatuto de Prestador de Serviços nas Finanças.
Como vês a evolução da arbitragem Portuguesa no cenário nacional e internacional?
Os árbitros portugueses nos campeonatos nacionais têm vindo a prestar melhores resultados, contudo o “erro continua sempre presente”. Este é certamente o motivo de todo o descontentamento por parte dos adeptos, dirigentes, jogadores... Neste campo é fundamental que haja uma consciencialização de que os árbitros erraram no passado, continuam a errar e certamente o vão fazer no futuro.
E gostava também de sublinhar uma frase do secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke, em relação á arbitragem e às novas tecnologias “O futebol deve manter-se como um jogo humano, ainda que susceptível de erros.”.
Em relação ao panorama Internacional, a arbitragem lusa conta cada vez mais com exibições ao mais alto nível. A participação de Olegário Benquerença no Mundial de África do Sul, e a presença de Pedro Proença na segunda mão dos quartos de final da Liga Europa, revelam que árbitros lusos merecem a confiança da UEFA para dirigirem os jogos mais apetecíveis.
Até hoje qual foi o acontecimento que mais marcou a tua carreira?
É difícil lembrar-me de um único momento que tenha marcado a minha carreira enquanto árbitro, pois durante estes seis anos muitas coisas aconteceram e cada uma delas foi importante para o meu crescimento enquanto árbitro.
É fácil conciliar-se a vida de árbitro com a vida familiar?
É claro que que a arbitragem acaba sempre por ocupar parte do tempo, pois cada vez mais é essencial que haja um maior investimento do tempo para um maior sucesso do árbitro. Desta forma é claro que não é de todo fácil conciliar-se a arbitragem com a vida familiar, mas sempre que se pode contar com o apoio da família, é sempre mais fácil.
Que mensagem gostarias de deixar a todos os que passam pelo blogue?
Para todos aqueles que usam e passam pelo blogue, que o usem para expressar as suas opiniões, para deixar sugestões, para colocarem questões ou dúvidas, de uma certa forma para poder-mos ser mais activos na nossa causa. Gostava também de felicitar os administradores do Blog pelo importante trabalho que têm vindo a desenvolver em prol da Arbitragem Algarvia.
O "ArbitragemAlgarvia" agradece ao Tiago a disponibilidade para esta entrevista e deseja-lhe uma excelente época.
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