A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) assegurou ontem que irá estar ausente das eleições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), do próximo dia 5 de Fevereiro, por ainda não terem sido adequados os estatutos ao novo regime jurídico.
"Não faz qualquer sentido a realização de eleições ao abrigo dos actuais estatutos da FPF", disse ontem, ao CM, Luís Guilherme, presidente da APAF.
"Antes de haver qualquer acto eleitoral, a APAF, juntamente com os restantes sócios ordinários da FPF, quer encontrar o consenso necessário para aprovar os novos estatutos, para que os mesmos fiquem conformes com as leis em vigor", acrescentou.
Apesar de "não concordar totalmente" com a Lei de Bases da Educação Física e do Desporto, e com o Regime Jurídico das Federações Desportivas, Luís Guilherme defende que é urgente aprovar o novo regulamento para que o futebol não caia numa situação "muito negativa."
"Contudo, estamos contra a possibilidade de que o novo Conselho de Arbitragem venha a integrar elementos das várias listas concorrentes às eleições da FPF", salientou.
Em relação a candidatos e possíveis listas para as eleições dos órgãos sociais da FPF, Luís Guilherme garante que APAF vai escolher e apoiar "projectos e não nomes".
O Estatuto de Utilidade Pública Desportiva (EUPD) da Federação Portuguesa de Futebol está suspenso desde Abril de 2010, o que já custou aos cofres do órgão federativo 2,5 milhões de euros em ajudas estatais.
A situação actual da FPF também está a preocupar a FIFA, que já recomendou "veementemente" a adequação dos estatutos ao novo regime jurídico.
in:CM
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