segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Opinião- Deixar jogar



Considera-se importante proceder a uma reflexão, ainda que breve, sobre o conceito de
deixar jogar. Acredita-se que a verdadeira compreensão dos antagonismos que se estabelecem entre árbitros, jogadores e treinadores, e respectiva terapêutica pelo correcto entendimento do que é o deixar jogar.

Em primeiro lugar, deixar jogar tem uma relação muito directa com o desenvolvimento do gosto pelo jogo, do gosto pelas práticas físicas e do prazer de jogar. Em segundo lugar, deixar jogar implica que se exija o mais profundo respeito pelo espírito de jogo e pelo espírito desportivo dos competidores. Deixar jogar não significa que o árbitro “lave as mãos” das suas responsabilidades.

Deixar jogar implica que o árbitro conheça tão bem como o treinador as formas de jogar que se ajustam às características das idades dos jovens. Implica ainda que treinadores e árbitros se encontrem para definir o equilíbrio justo entre as regras simplificadas, as formas de jogar e o reportório técnico que as servem.

Há portanto que criar condições para que árbitros e treinadores trabalhem em conjunto em prol do desenvolvimento do futebol. Como é que isto será possível? A resposta terá, provavelmente de ser conseguida através de um esforço comum das Associações que os representam no seio do movimento associativo.

Cristiano Pires

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